Leilão de Arte
PRESENCIAL e ON-LINE,
28 de Abril de 2025
NOITE ÚNICA:
28 de Abril, Segunda-feira, às 19h30min.
Com transmissão ao vivo.
Lances Prévios:
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até 2h antes do leilão
(31) 9 9889 5445
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do Arrematante.
Lote 013 - Sérgio Telles
Alfama – Lisboa – 22 x 27 cm - Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Esquerdo e Dat. 1992
Ass. Canto Inferior Esquerdo e Dat. 1992
Esta Obra está reproduzida no
Livro "Sérgio Telles A Pintura
da Coerência", na página 116
Estudo da obra reproduzida na pág. 68 no livro Portugal, Gente Cores Saudade
Estudo da obra reproduzida na pág. 68 no livro Portugal, Gente Cores Saudade
Lance Mínimo: R$ 3.200,00
Lote 036 - Marcos Coelho Benjamim
Mandala – Medida 100 cm
Ferro - Ass. Verso
Ferro - Ass. Verso
“(...) Na verdade, o fenômeno da arte contemporânea mineira é similar ao
de sua literatura, e Guimarães Rosa, Por exemplo, está aí para prová-lo.
A propósito de Benjamim, poderíamos dizer o que foi dito de Guimarães
Rosa: ‘imita o sertanejo – sim, mas atenção! Imita-o no seu processo,
mas de modo algum copia a maneira como ele fala; imita a atitude dele
para com a língua, coloca-se no lugar dele.... mas como um ‘sertanejo
erudito”, um sertanejo que soubesse da beleza da sua fala (...).”
Aracy Amaral
Extraído do texto “Benjamim” publicado no livro “Marcos Coelho Benjamim”, editora C/Arte, 2000
Aracy Amaral
Extraído do texto “Benjamim” publicado no livro “Marcos Coelho Benjamim”, editora C/Arte, 2000
Lance Mínimo: R$ 40.000,00
Lote 038 - Walney de Almeida
Composição Geométrica – Série Polígonos Geométricos
60 x 60 cm – Acrílica Sobre Tela - Ass. Verso e Dat. 2019
60 x 60 cm – Acrílica Sobre Tela - Ass. Verso e Dat. 2019
“Em Walney um feixe de releituras e citações aponta para uma trama
identitária, como é o caso, para ficar num único exemplo, da referência
bem legível aos contra-relevos de Tatlin. Essa é uma atmosfera de
ludicidade intelectualizada, cuja fruição, aliás, presume – e até exige – um
referencial sólido, além de uma capacidade analogizante e uma memória
estética bastante perceptiva e associativa, dada a multiplicidade de suas
conexões.”
Ruy Sampaio
Membro da Associação Internacional de Críticos de Arte
“As obras artísticas de Walney de Almeida se incluem de maneira bastante única na grande tradição das artes normalmente denominadas pela História da Arte como artes construtivas; delas, outros termos emergem, por haver miúdas diferenças de natureza e matizes, e emergem como artes pósconstrutivas.”
Roberto Corrêa dos Santos
Artista, professor e pesquisador de Teoria da Arte do Instituto de Artes da UERJ e do CNPq
Ruy Sampaio
Membro da Associação Internacional de Críticos de Arte
“As obras artísticas de Walney de Almeida se incluem de maneira bastante única na grande tradição das artes normalmente denominadas pela História da Arte como artes construtivas; delas, outros termos emergem, por haver miúdas diferenças de natureza e matizes, e emergem como artes pósconstrutivas.”
Roberto Corrêa dos Santos
Artista, professor e pesquisador de Teoria da Arte do Instituto de Artes da UERJ e do CNPq
Lance Mínimo: R$ 6.000,00
Lote 040 - Sérgio Telles
Ouro Preto Fantástica – 80 x 100 cm
Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Esquerdo e Dat. 1994
Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Esquerdo e Dat. 1994
“(...) A pintura de Sérgio Telles é uma exaltação à própria pintura.
Exatamente numa época em que subverteram-lhe os valores, ele se
manteve corajosamente fiel a ela, e, por isso mesmo, com talento e
maestria, deu prosseguimento à tradição fundada por alguns mestres
modernos como Bonnard e Matisse (...).”
Ferreira Gullar
Ferreira Gullar
Lance Mínimo: R$ 28.000,00
Lote 050 - Jandyra Waters
Sem Título – 59,5 x 75,5 cm
Acrílica Sobre Tela - Ass. Verso e Dat. 2004
Acrílica Sobre Tela - Ass. Verso e Dat. 2004
“(...) As perspectivas geométricas criadas pela artista consolidam-se e
ganham uma tridimensionalidade discreta nos relevos, para depois se
transformarem por completo em esculturas, com recortes encapsulados
em caixas e em “templos” – verdadeiras construções arquitetônicas,
racionais e factíveis. A radicalização da geometria chega ao auge, e as
obras bidimensionais ganham uma exigência de perfeição e rigidez,
consagrando Jandyra como uma paleta de cores fortes, técnica perfeita,
impactante e de forte caráter pessoal. Jandyra Waters é, também,
escritora bissexta, com três livros de poemas publicados. Desses, chama
a atenção Desvendador, cujo título este ensaio toma emprestado. A
palavra ‘desvendador’ expressa bem nossa intenção, pois desvendar é
tornar claro e compreensível o objeto observado, neste caso sem que isso
signifique limitação, pois não é possível acomodar-se em reconhecer e
compreender objetivamente todo o conteúdo de criadores complexos, de
riqueza interior e realização plena, como Jandyra Waters, artista
interessantíssima, cada vez mais reconhecida por todos que admiram sua
obra.
Antonio Carlos Suster Abdalla
Curador, Junho de 2021 Recorte do texto “Jandyra Waters: Desvendador – Figuração, Abstração e Colorismo” extraído do livro “Jandyra Waters” feito pela galeria Mapa, São Paulo, 2021
Possui obras em importantes acervos particulares e oficiais, tais como: Museu de Arte Moderna de Campinas; Fundação Armando Álvares Penteado; Museu de Arte Moderna de São Paulo; Museu de Arte Contemporânea de Skopke, Iugoslávia; Museu de Arte Contemporânea da USP, São Paulo e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.
Antonio Carlos Suster Abdalla
Curador, Junho de 2021 Recorte do texto “Jandyra Waters: Desvendador – Figuração, Abstração e Colorismo” extraído do livro “Jandyra Waters” feito pela galeria Mapa, São Paulo, 2021
Possui obras em importantes acervos particulares e oficiais, tais como: Museu de Arte Moderna de Campinas; Fundação Armando Álvares Penteado; Museu de Arte Moderna de São Paulo; Museu de Arte Contemporânea de Skopke, Iugoslávia; Museu de Arte Contemporânea da USP, São Paulo e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.
Lance Mínimo: R$ 43.200,00
Lote 057 - Inimá de Paula
Paisagem – 73 x 92 cm
Óleo Sobre Eucatex
Ass. Canto Inferior Esquerdo e Dat. 1983
Óleo Sobre Eucatex
Ass. Canto Inferior Esquerdo e Dat. 1983
“Um dos nomes fundamentais da pintura brasileira no pós-guerra, Inimá
figura entre os nossos maiores paisagistas modernos, ao lado de Guignard,
Pancetti e Bonadei.”
Wilson Rocha
“Inimá é um paisagista maduro. Sua produção atingiu um alto grau de elaboração artística e só encontra paralelo em qualidade, no Brasil, na obra de Bonadei e de pouquíssimos artistas que consagraram-se à recriação da paisagem brasileira.”
Enock Sacramento
Trechos extraídos do livro “Inimá de Paula, o Fauve Brasileiro”, edição Léo Christiano Editorial, 1987.
Wilson Rocha
“Inimá é um paisagista maduro. Sua produção atingiu um alto grau de elaboração artística e só encontra paralelo em qualidade, no Brasil, na obra de Bonadei e de pouquíssimos artistas que consagraram-se à recriação da paisagem brasileira.”
Enock Sacramento
Trechos extraídos do livro “Inimá de Paula, o Fauve Brasileiro”, edição Léo Christiano Editorial, 1987.
Lance Mínimo: R$ 25.000,00
Lote 060 - Siron Franco
Na Cama – 150 x 120 cm
Óleo Sobre Aglomerado - Ass. Verso e Dat. 1976
Óleo Sobre Aglomerado - Ass. Verso e Dat. 1976
Apresenta certificado de autenticidade emitido pelo artista
“Preferindo falar amplamente do homem e sua ferocidade, Siron desenvolveu muitas séries, tendo sempre em mira esse personagem como um animal perigoso. Na cabeça – o olhar perverso e o ranger de dentes – está o ponto principal da referência dessas implicações. Há um grande sarcasmo em toda a obra, povoada de criaturas goiescamente carcomidas e decrépitas. Agrupadas ou isoladas, suas personagens se entre/autodevoram num clima de agressividade. Na luta entre o racional e o irracional se evidencia o último, responsável pela degradação humana. E na luta pela sobrevivência, ele aponta o lado sórdido e cruel das tramas internas do poder. Assim, vem acrescentando à sua fileira de personagens os novos ricos, mandatários, executivos, panfletários, comerciantes, corruptos, loucos, bestas e vítimas, componentes do quadro capitalista.”
Aline Figueiredo
Trecho extraído do livro “Artes Plásticas no Centro-Oeste”, edições da Universidade Federal de Mato Grosso, 1979, Museu de Arte e de Cultura Popular
“(...) Ora sarcástica, ora poética, ora alegórica. O que a torna peculiar, porém, não é a tematicidade e sim o modo como Siron a opera: a pintura fala do mundo transformando-a em pintura, e o comenta, o satiriza, o alegoriza em termos pictóricos, ou seja, enquanto cores, linhas, planos, figuração. (...) Poucos pintores brasileiros são tão indiscutivelmente pintores quanto Siron Franco. Ele é, sob este aspecto, um fenômeno especial na arte brasileira.”
Ferreira Gullar
Extraído do livro “Siron Franco, Figuras e Semelhanças”, de Dawn Ades, editora Index
“Preferindo falar amplamente do homem e sua ferocidade, Siron desenvolveu muitas séries, tendo sempre em mira esse personagem como um animal perigoso. Na cabeça – o olhar perverso e o ranger de dentes – está o ponto principal da referência dessas implicações. Há um grande sarcasmo em toda a obra, povoada de criaturas goiescamente carcomidas e decrépitas. Agrupadas ou isoladas, suas personagens se entre/autodevoram num clima de agressividade. Na luta entre o racional e o irracional se evidencia o último, responsável pela degradação humana. E na luta pela sobrevivência, ele aponta o lado sórdido e cruel das tramas internas do poder. Assim, vem acrescentando à sua fileira de personagens os novos ricos, mandatários, executivos, panfletários, comerciantes, corruptos, loucos, bestas e vítimas, componentes do quadro capitalista.”
Aline Figueiredo
Trecho extraído do livro “Artes Plásticas no Centro-Oeste”, edições da Universidade Federal de Mato Grosso, 1979, Museu de Arte e de Cultura Popular
“(...) Ora sarcástica, ora poética, ora alegórica. O que a torna peculiar, porém, não é a tematicidade e sim o modo como Siron a opera: a pintura fala do mundo transformando-a em pintura, e o comenta, o satiriza, o alegoriza em termos pictóricos, ou seja, enquanto cores, linhas, planos, figuração. (...) Poucos pintores brasileiros são tão indiscutivelmente pintores quanto Siron Franco. Ele é, sob este aspecto, um fenômeno especial na arte brasileira.”
Ferreira Gullar
Extraído do livro “Siron Franco, Figuras e Semelhanças”, de Dawn Ades, editora Index
Lance Mínimo: R$ 135.000,00
Lote 061 - Antônio Poteiro
Festa de São João – 45 x 50 cm - Óleo Sobre Tela -
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 2005
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 2005
Esta obra está reproduzida no livro da exposição retrospectiva realizada pelo artista em Belo Horizonte em 2017 - Acompanha documento de autenticidade emitido pelo Instituto Antônio Poteiro
Lance Mínimo: R$ 12.000,00
Lote 065 - Antônio Poteiro
Flores – 100 x 100 cm - Óleo Sobre Tela -
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 2004
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 2004
Esta obra está reproduzida no livro da exposição retrospectiva realizada pelo artista em Belo Horizonte em 2017 - Acompanha documento de autenticidade emitido pelo Instituto Antônio Poteiro
“Para mim, artistas como Antonio Poteiro, GTO, José Antônio da Silva ou Fernando Diniz são gênios. Nem um pouco menos. (...).
Frederico Morais
Trecho extraído do texto “Repito: Antonio Poteiro é um gênio” do catálogo da exposição individual do artista publicado pela Galeria Bonino (RJ) em 1983
“Não me parece seguro que a cultura brasileira já tenha produzido realmente algum gênio, mas há quem proponha para Antônio Poteiro esse título. Pode ou não ser exagero, dependendo do sentido exato em que estejamos usando a palavra. O certo é que ele é um ceramista e pintor surpreendente, um pequeno vulcão barbudo que em vez de fogo expele inventividade e talento, e o criador de sua própria linguagem, coisa não muito frequente entre nós. Na década de 60, o escultor Willys de Castro cunhou uma frase até hoje muito citada sobre outro criador: “Volpi pinta Vôlpis”. Quer dizer: em sua originalidade, o pintor só se podia definir por sua obra, o produtor pelo produto, e vice-versa. Há dois anos e pouco, a inconfundível pintura de Poteiro me levou a uma paráfrase: Poteiro pinta Poteiros. E assim ficamos entendidos. (...).”
Olívio Tavares de Araújo
Trecho de texto extraído do catálogo da exposição individual “500 Anos do Brasil, Por Antônio, o brasileiro Poteiro”, realizada no Teatro Nacional em Brasília/DF, no ano 2000
“Para mim, artistas como Antonio Poteiro, GTO, José Antônio da Silva ou Fernando Diniz são gênios. Nem um pouco menos. (...).
Frederico Morais
Trecho extraído do texto “Repito: Antonio Poteiro é um gênio” do catálogo da exposição individual do artista publicado pela Galeria Bonino (RJ) em 1983
“Não me parece seguro que a cultura brasileira já tenha produzido realmente algum gênio, mas há quem proponha para Antônio Poteiro esse título. Pode ou não ser exagero, dependendo do sentido exato em que estejamos usando a palavra. O certo é que ele é um ceramista e pintor surpreendente, um pequeno vulcão barbudo que em vez de fogo expele inventividade e talento, e o criador de sua própria linguagem, coisa não muito frequente entre nós. Na década de 60, o escultor Willys de Castro cunhou uma frase até hoje muito citada sobre outro criador: “Volpi pinta Vôlpis”. Quer dizer: em sua originalidade, o pintor só se podia definir por sua obra, o produtor pelo produto, e vice-versa. Há dois anos e pouco, a inconfundível pintura de Poteiro me levou a uma paráfrase: Poteiro pinta Poteiros. E assim ficamos entendidos. (...).”
Olívio Tavares de Araújo
Trecho de texto extraído do catálogo da exposição individual “500 Anos do Brasil, Por Antônio, o brasileiro Poteiro”, realizada no Teatro Nacional em Brasília/DF, no ano 2000
Lance Mínimo: R$ 55.000,00
Lote 074 - Siron Franco
O Pássaro, O Homem e O Guarda Chuva – 60 x 81 cm
Óleo Sobre Madeira – Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 1976
Óleo Sobre Madeira – Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 1976
“O homem contemporâneo se acostumou à crueldade. Vê um filme da guerra do Vietnam todos os dias, na TV, e não sente mais nada. Por isso, procuro criar em minhas pinturas uma situação insólita, absurda, para ver se pelo menos assim, pela surpresa, ainda consigo fazê-lo pensar”.
Siron Franco
Trecho extraído do livro “Artes Plásticas no Centro-Oeste”, edições da Universidade Federal de Mato Grosso, 1979, Museu de Arte e de Cultura Popular
Lance Mínimo: R$ 73.000,00
Lote 077 - Cândido Portinari
Caravelas – 19 x 14,5 cm - Grafite Sobre Papel
Ass. Estampada no Canto Inferior Direito pelo Projeto Portinari Dat. 1952
Ass. Estampada no Canto Inferior Direito pelo Projeto Portinari Dat. 1952
Estudo para o painel “Chegada da Família Portuguesa à Bahia” - Esta obra está registrada no Projeto Portinari sob o código FCO-414 / CR-3053 - Acompanha documento de autenticidade emitido pelo Projeto Portinari
Lance Mínimo: R$ 28.000,00
Lote 085 - Amílcar de castro
Sem Título - 260 x 159,5 x 124,5 cm
1 cm de Espessura - Escultura em Aço - Ass. Na obra
1 cm de Espessura - Escultura em Aço - Ass. Na obra
Participou da exposição "Amilcar de Castro: repetição e síntese" no Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte, de novembro 2013 a janeiro 2014 - Reproduzido nos livros: "Amilcar de Castro" de Ronaldo Brito, Editora Takana, na pág. 18 - "Amilcar de Castro: repetição e síntese", do Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte, Editora Espiral, na pág. 101
“As esculturas de Amilcar querem explodir, e a explosão está latente ao movimento virtual da placa que quer se desdobrar e se encolher, da superfície que, com uma força viva se ergue do chão e se imobiliza na véspera de um novo movimento jamais precipitado. Suas formas são monumentais sem serem retóricas, são pesadas sem possuírem massa, são dramáticas sem se valerem de qualquer figuração convencional de drama.”
Ferreira Gullar
Texto extraído do livro “Amilcar de Castro”, Rodrigo Naves, editora AD2, 2014
Vida e Arte: uma poética em construção
O que caracteriza um artista é ele olhar para dentro de si mesmo. Toda experiência em arte é um experimentar-se, é a exigência de si mesmo, é uma pesquisa em você mesmo. Você não pode fazer experiências com os outros. Este silêncio do olhar para dentro à procura da origem das coisas é que é o grande problema da arte. Procurando a origem você fica original, e não, querendo fazer uma coisa diferente. É por isso que eu acho que criar está junto com viver, que arte e vida são a mesma coisa.”
Amilcar de Castro
“Amilcar de Castro fez com maestria esculturas, desenhos-pinturas, gravuras, cerâmicas e trabalhos gráficos inaugurais. A capacidade de passar de um meio a outro sem perder a tensão que move sua obra dá provas da dimensão de seu fazer e de sua poética. Mas sobretudo demonstra a veracidade e a sinceridade de sua arte. O reconhecimento e o respeito aos diferentes materiais e atividades e o modo generoso de conquistar a forma são o testemunho definitivo da grandeza dessa ação e dessa obra.”
Rodrigo Naves
Trecho de texto extraído do livro “Amilcar de Castro”, Rodrigo Naves, Cosac & Naify edições, 1997
Lance Mínimo: R$ 820.000,00
Lote 088 - Mário Cravo Júnior
Cabeça de Tempo – 46 x 21 cm - Madeira
Assinada na Base e Dat. 1988
Assinada na Base e Dat. 1988
Acompanha documento de autenticidade assinado pelo filho do artista
"(...) a obra de Mário Cravo Jr. é o resultado de uma correspondência real com o próprio meio. Fundamentada na exuberância das tradições populares baianas e continuamente ativada por um impulso experimental, ela adquiriu configurações demasiado versáteis nos aspectos materiais, técnicos e estéticos. Entretanto, essa desenvoltura múltipla caracterizase, como afirma Wilson Rocha, por sua natureza de ´pesquisa eminentemente plástica´, conduzindo o artista a um sentimento dramático da existência. Mário Cravo esculpiu em pedra, madeira, metais diversos, resinas de poliéster pigmentadas, obedecendo à natureza intrínseca de cada elemento, procurando introduzir, na visão ecológica que procura, os estímulos do espírito de síntese que marca o desenvolvimento da escultura moderna".
Walter Zanini
ZANINI, Walter (org). História geral da arte no Brasil. São Paulo: Instituto Walther Moreira Salles: Fundação Djalma Guimarães, 1983. v. 2, p. 723.
Mário Cravo Junior tem obras nos acervos das coleções de arte da Fundação Raimundo Castro Maia, Rio de Janeiro, Brasil; Instituto de Belas Artes - Porto Alegre RS; Museu Carlos Costa Pinto - Salvador BA; Museu de Arte da Pampulha - Belo Horizonte MG; MASP – SP; MAM/BA; Museu de Arte Moderna de Berlim (Alemanha); MAM/RJ; Museu de Arte Popular da Bahia - BA; Museu Hermitage - Leningrado (Rússia); Museum of Modern Art - Jerusalem (Israel); Museum of Modern Art - MoMA - Nova York (Estados Unidos); Pinacoteca do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo; Walker Art Center - Minneapolis (Estados Unidos)
"(...) a obra de Mário Cravo Jr. é o resultado de uma correspondência real com o próprio meio. Fundamentada na exuberância das tradições populares baianas e continuamente ativada por um impulso experimental, ela adquiriu configurações demasiado versáteis nos aspectos materiais, técnicos e estéticos. Entretanto, essa desenvoltura múltipla caracterizase, como afirma Wilson Rocha, por sua natureza de ´pesquisa eminentemente plástica´, conduzindo o artista a um sentimento dramático da existência. Mário Cravo esculpiu em pedra, madeira, metais diversos, resinas de poliéster pigmentadas, obedecendo à natureza intrínseca de cada elemento, procurando introduzir, na visão ecológica que procura, os estímulos do espírito de síntese que marca o desenvolvimento da escultura moderna".
Walter Zanini
ZANINI, Walter (org). História geral da arte no Brasil. São Paulo: Instituto Walther Moreira Salles: Fundação Djalma Guimarães, 1983. v. 2, p. 723.
Mário Cravo Junior tem obras nos acervos das coleções de arte da Fundação Raimundo Castro Maia, Rio de Janeiro, Brasil; Instituto de Belas Artes - Porto Alegre RS; Museu Carlos Costa Pinto - Salvador BA; Museu de Arte da Pampulha - Belo Horizonte MG; MASP – SP; MAM/BA; Museu de Arte Moderna de Berlim (Alemanha); MAM/RJ; Museu de Arte Popular da Bahia - BA; Museu Hermitage - Leningrado (Rússia); Museum of Modern Art - Jerusalem (Israel); Museum of Modern Art - MoMA - Nova York (Estados Unidos); Pinacoteca do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo; Walker Art Center - Minneapolis (Estados Unidos)
Lance Mínimo: R$ 20.000,00
Lote 091 - Jandyra Waters
Sem Título – 80 x 80 cm
Acrílica Sobre Tela - Ass. Verso e Dat. 2005
Acrílica Sobre Tela - Ass. Verso e Dat. 2005
“(...) As perspectivas geométricas criadas pela artista consolidam-se e
ganham uma tridimensionalidade discreta nos relevos, para depois se
transformarem por completo em esculturas, com recortes encapsulados
em caixas e em “templos” – verdadeiras construções arquitetônicas,
racionais e factíveis. A radicalização da geometria chega ao auge, e as
obras bidimensionais ganham uma exigência de perfeição e rigidez,
consagrando Jandyra como uma paleta de cores fortes, técnica perfeita,
impactante e de forte caráter pessoal. Jandyra Waters é, também,
escritora bissexta, com três livros de poemas publicados. Desses, chama
a atenção Desvendador, cujo título este ensaio toma emprestado. A
palavra ‘desvendador’ expressa bem nossa intenção, pois desvendar é
tornar claro e compreensível o objeto observado, neste caso sem que isso
signifique limitação, pois não é possível acomodar-se em reconhecer e
compreender objetivamente todo o conteúdo de criadores complexos, de
riqueza interior e realização plena, como Jandyra Waters, artista
interessantíssima, cada vez mais reconhecida por todos que admiram sua
obra.
Antonio Carlos Suster Abdalla
Curador, Junho de 2021 Recorte do texto “Jandyra Waters: Desvendador – Figuração, Abstração e Colorismo” extraído do livro “Jandyra Waters” feito pela galeria Mapa, São Paulo, 2021
Possui obras em importantes acervos particulares e oficiais, tais como: Museu de Arte Moderna de Campinas; Fundação Armando Álvares Penteado; Museu de Arte Moderna de São Paulo; Museu de Arte Contemporânea de Skopke, Iugoslávia; Museu de Arte Contemporânea da USP, São Paulo e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.
Antonio Carlos Suster Abdalla
Curador, Junho de 2021 Recorte do texto “Jandyra Waters: Desvendador – Figuração, Abstração e Colorismo” extraído do livro “Jandyra Waters” feito pela galeria Mapa, São Paulo, 2021
Possui obras em importantes acervos particulares e oficiais, tais como: Museu de Arte Moderna de Campinas; Fundação Armando Álvares Penteado; Museu de Arte Moderna de São Paulo; Museu de Arte Contemporânea de Skopke, Iugoslávia; Museu de Arte Contemporânea da USP, São Paulo e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.
Lance Mínimo: R$ 51.000,00
Lote 094 - Amélia Toledo
Campos de Cor – 120 x 80 cm
Acrílica Sobre Juta - Ass. Verso e Dat. 2006
Acrílica Sobre Juta - Ass. Verso e Dat. 2006
Acompanha documento de autenticidade emitido pelo Sr. Moacyr Toledo
“Agora Amélia enveredou para a pintura aparentemente monocromática porém de uma riqueza polifônica e uma densidade plástica espantosa. Diversas camadas de colorido e de pinceladas gestuais, de movimentos rítmicos e complexidades caligráficas, criam uma riqueza de textura e uma riqueza vivencial extraordinária... (...) Porque o monocromatismo pode se tornar vazio, monótono, cansativo, superficial ou meramente decorativo. Não é o caso de Amélia. Suas telas vibram de riqueza substanciais misteriosas, vibram vitalmente como as entranhas de todo ser vivo. Do mar, das florestas, do cosmo. Um valioso e rico trabalho. Um trabalho empolgante.”
Theon Spanudis
Poeta, colecionador e crítico de arte Trecho extraído do livro “Amélia Toledo, as naturezas do artifício’, de Agnaldo Farias
“Agora Amélia enveredou para a pintura aparentemente monocromática porém de uma riqueza polifônica e uma densidade plástica espantosa. Diversas camadas de colorido e de pinceladas gestuais, de movimentos rítmicos e complexidades caligráficas, criam uma riqueza de textura e uma riqueza vivencial extraordinária... (...) Porque o monocromatismo pode se tornar vazio, monótono, cansativo, superficial ou meramente decorativo. Não é o caso de Amélia. Suas telas vibram de riqueza substanciais misteriosas, vibram vitalmente como as entranhas de todo ser vivo. Do mar, das florestas, do cosmo. Um valioso e rico trabalho. Um trabalho empolgante.”
Theon Spanudis
Poeta, colecionador e crítico de arte Trecho extraído do livro “Amélia Toledo, as naturezas do artifício’, de Agnaldo Farias
Lance Mínimo: R$ 80.000,00
Lote 095 - Orlando Teruz
Jogando Peteca – 81 x 100 cm - Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 1971
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 1971
Acompanha documento de autenticidade emitido pelo Projeto Orlando Teruz
“As obras de Orlando Teruz têm há muito, garantida, a sua perenidade. E a explicação desse fato não é difícil. Ele, que variava apesar de sua aparente uniformidade. Variava não só em seus temas populares mas também na maneira pela qual os abordava, segundo o conteúdo poético que cada assunto exigia. Com a excelente técnica aprendida com Amoedo, Batista da Costa e Chambelland, na Escola Nacional de Belas Artes, acrescida com a de mestres flamengos e venezianos, entrou pelo modernismo em nossa pintura contemporânea. A obra de Teruz é perene porque dessa mistura perfeita sempre exala o sopro lírico, de ingênua poesia, que faz o espectador contemplar comovido a sua arte. (...)”
Flávio de Aquino
Trecho de texto extraído do livro do artista publicado pela Galeria de Arte Antonio Bandeira, editora Korum, 1985
“(...) Ele fora pioneiro na temática moderna e social. Anterior até mesmo a Portinari, que confessadamente admitia a influência de Teruz na sua obra inicial (...).”
Carlos Heitor Cony
Trecho de texto extraído do livro do artista publicado pela Galeria de Arte Antonio Bandeira, editora Korum, 1985
“As obras de Orlando Teruz têm há muito, garantida, a sua perenidade. E a explicação desse fato não é difícil. Ele, que variava apesar de sua aparente uniformidade. Variava não só em seus temas populares mas também na maneira pela qual os abordava, segundo o conteúdo poético que cada assunto exigia. Com a excelente técnica aprendida com Amoedo, Batista da Costa e Chambelland, na Escola Nacional de Belas Artes, acrescida com a de mestres flamengos e venezianos, entrou pelo modernismo em nossa pintura contemporânea. A obra de Teruz é perene porque dessa mistura perfeita sempre exala o sopro lírico, de ingênua poesia, que faz o espectador contemplar comovido a sua arte. (...)”
Flávio de Aquino
Trecho de texto extraído do livro do artista publicado pela Galeria de Arte Antonio Bandeira, editora Korum, 1985
“(...) Ele fora pioneiro na temática moderna e social. Anterior até mesmo a Portinari, que confessadamente admitia a influência de Teruz na sua obra inicial (...).”
Carlos Heitor Cony
Trecho de texto extraído do livro do artista publicado pela Galeria de Arte Antonio Bandeira, editora Korum, 1985
Lance Mínimo: R$ 32.000,00
Lote 097 - Cícero Dias
Mãe e Filha – 29,5 x 23,3 cm
Guache - Ass. Canto Inferior Direito e Verso
Década de 1970
Guache - Ass. Canto Inferior Direito e Verso
Década de 1970
Acompanha documento de autenticidade emitido pela Simões de Assis Galeria de Arte
Esta obra encontra-se cadastrada sob código CDA2138,na pré-catalogação promovida com fins de execução do Catalogue Raisonée da obra de Cícero Dias. Foi produzida especialmente como matriz de tiragem de gravuras, impressas pelo artista Marcelo Grassmann, edição de 100 exemplares, por encomenda da Galeria Collectio, atuante em São Paulo de 1969 a 1973. Nesse período, a galeria editou gravuras de grandes nomes do modernismo brasileiro
Esta obra encontra-se cadastrada sob código CDA2138,na pré-catalogação promovida com fins de execução do Catalogue Raisonée da obra de Cícero Dias. Foi produzida especialmente como matriz de tiragem de gravuras, impressas pelo artista Marcelo Grassmann, edição de 100 exemplares, por encomenda da Galeria Collectio, atuante em São Paulo de 1969 a 1973. Nesse período, a galeria editou gravuras de grandes nomes do modernismo brasileiro
Lance Mínimo: R$ 75.000,00
Lote 098 - Cícero Dias
Nu Feminino com Flores – 29,5 x 23,3 cm
Guache – Ass. Verso - Década de 1970
Guache – Ass. Verso - Década de 1970
Acompanha documento de autenticidade emitido pela Simões de Assis Galeria de Arte
Esta obra encontra-se cadastrada sob código CDA2137,na pré-catalogação promovida com fins de execução do Catalogue Raisonée da obra de Cícero Dias. Foi produzida especialmente como matriz de tiragem de gravuras, impressas pelo artista Marcelo Grassmann, edição de 100 exemplares, por encomenda da Galeria Collectio, atuante em São Paulo de 1969 a 1973. Nesse período, a galeria editou gravuras de grandes nomes do modernismo brasileiro
Esta obra encontra-se cadastrada sob código CDA2137,na pré-catalogação promovida com fins de execução do Catalogue Raisonée da obra de Cícero Dias. Foi produzida especialmente como matriz de tiragem de gravuras, impressas pelo artista Marcelo Grassmann, edição de 100 exemplares, por encomenda da Galeria Collectio, atuante em São Paulo de 1969 a 1973. Nesse período, a galeria editou gravuras de grandes nomes do modernismo brasileiro
Lance Mínimo: R$ 75.000,00
Lote 099 - Siron Franco
A Sentença – 100 x 100 cm - Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 1985
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 1985
Acompanha documento de autenticidade assinado pelo artista
“(...) Ora sarcástica, ora poética, ora alegórica. O que a torna peculiar, porém, não é a tematicidade e sim o modo como Siron a opera: a pintura fala do mundo transformando-a em pintura, e o comenta, o satiriza, o alegoriza em termos pictóricos, ou seja, enquanto cores, linhas, planos, figuração. (...) Poucos pintores brasileiros são tão indiscutivelmente pintores quanto Siron Franco. Ele é, sob este aspecto, um fenômeno especial na arte brasileira.”
Ferreira Gullar
Extraído do livro “Siron Franco, Figuras e Semelhanças”, de Dawn Ades, editora Index
“(...) Ora sarcástica, ora poética, ora alegórica. O que a torna peculiar, porém, não é a tematicidade e sim o modo como Siron a opera: a pintura fala do mundo transformando-a em pintura, e o comenta, o satiriza, o alegoriza em termos pictóricos, ou seja, enquanto cores, linhas, planos, figuração. (...) Poucos pintores brasileiros são tão indiscutivelmente pintores quanto Siron Franco. Ele é, sob este aspecto, um fenômeno especial na arte brasileira.”
Ferreira Gullar
Extraído do livro “Siron Franco, Figuras e Semelhanças”, de Dawn Ades, editora Index
Lance Mínimo: R$ 85.000,00
Lote 100 - Pancetti
Canção dos Rios - 54 x 65 cm - Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Esquerdo e Dat. 1948
Ass. Canto Inferior Esquerdo e Dat. 1948
Escrito no verso " Rios, todos os rios, são águas fugindo, águas correndo de todos os cantos, de todas as terras. São águas rumando o mesmo destino que as águas dos rios se perdem no mar" Canção dos Rios. Arraial do Cabo 08/07/1948
“Um gran pintor de corazón puro”
Pablo Neruda, 1945
“Tudo que pinto é com amor. Só sei pintar com amor”
José Pancetti
“Por seu temperamento romântico pode ser Pancetti aproximado de Djanira e de Guignard, os grandes líricos da moderna paisagem brasileira: há nos três a mesma ingenuidade, idêntica humildade ante a natureza, a mesma fé no instinto.”
(...)
“A doença, a solidão e o encontro com uma natureza diferente de tudo quanto até então pudera ter visto, produzirão em Pancetti um impacto emocional responsável pelo surgimento de algumas das paisagens mais comoventes de toda a pintura brasileira contemporânea. Depois de Campos do Jordão, pode-se dizer que a arte de Pancetti está madura: daí a 1949, produzirá ele visões cheias de sentimento, embora sóbrias, de paisagens e figuras, praias e montanhas, rios e povoados, homens e animais.
Pela visão sintética que revelam, pela simplificação extrema a que atingiram – uma simplificação que não resvala em facilidade, antes revelando um despojamento obtido à custa de muita experiência -, pela segurança de execução e pela intensidade lírica ou dramática, as pinturas executadas entre 1945 a 1949 correspondem à plena maturidade do pintor. São séries de São João Del Rey (1945), Itanhaem (1945), Mangaratiba (1946), Cabo Frio (1947), Arraial do Cabo (1948) e novamente Campos do Jordão (1949), nas quais se equivalem em quantidade e qualidade.”
José Roberto Teixeira Leite
Crítico de Arte e Professor
Textos recortados do célebre livro “Pancetti, o Pintor Marinheiro”, editado pela Fundação Conquista, Rio de Janeiro, 1979
“Um gran pintor de corazón puro”
Pablo Neruda, 1945
“Tudo que pinto é com amor. Só sei pintar com amor”
José Pancetti
“Por seu temperamento romântico pode ser Pancetti aproximado de Djanira e de Guignard, os grandes líricos da moderna paisagem brasileira: há nos três a mesma ingenuidade, idêntica humildade ante a natureza, a mesma fé no instinto.”
(...)
“A doença, a solidão e o encontro com uma natureza diferente de tudo quanto até então pudera ter visto, produzirão em Pancetti um impacto emocional responsável pelo surgimento de algumas das paisagens mais comoventes de toda a pintura brasileira contemporânea. Depois de Campos do Jordão, pode-se dizer que a arte de Pancetti está madura: daí a 1949, produzirá ele visões cheias de sentimento, embora sóbrias, de paisagens e figuras, praias e montanhas, rios e povoados, homens e animais.
Pela visão sintética que revelam, pela simplificação extrema a que atingiram – uma simplificação que não resvala em facilidade, antes revelando um despojamento obtido à custa de muita experiência -, pela segurança de execução e pela intensidade lírica ou dramática, as pinturas executadas entre 1945 a 1949 correspondem à plena maturidade do pintor. São séries de São João Del Rey (1945), Itanhaem (1945), Mangaratiba (1946), Cabo Frio (1947), Arraial do Cabo (1948) e novamente Campos do Jordão (1949), nas quais se equivalem em quantidade e qualidade.”
José Roberto Teixeira Leite
Crítico de Arte e Professor
Textos recortados do célebre livro “Pancetti, o Pintor Marinheiro”, editado pela Fundação Conquista, Rio de Janeiro, 1979
Lance Mínimo: R$ 360.000,00
Lote 107 - Antônio Poteiro
Nossa Senhora da Aparecida - 90 x 100 cm – Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 2007
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 2007
Esta obra está reproduzida no livro da exposição retrospectiva realizada pelo artista em Belo Horizonte em 2017 - Acompanha documento de autenticidade emitido pelo Instituto Antônio Poteiro
Lance Mínimo: R$ 30.000,00
Lote 114 - Antônio Poteiro
Festa junina – 45 x 50 cm - Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 2003
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 2003
Esta obra está reproduzida no livro da exposição retrospectiva realizada pelo artista em Belo Horizonte em 2017 - Acompanha documento de autenticidade emitido pelo Instituto Antônio Poteiro
Lance Mínimo: R$ 15.000,00
Lote 115 - Inimá de Paula
Natureza Morta – 54 x 65 cm - Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Esquerdo e Dat. 1971
Ass. Canto Inferior Esquerdo e Dat. 1971
Esta obra está reproduzida no Raisonné do artista, volume II, na página 226 - Arquivo de Inimá
“Num desenho vigoroso Inimá esquematiza suas formas, às quais pespega um colorido violento e expressivo. Figura humana, natureza morta ou casario, tudo lhe sai com tal truculência, com tamanho vigor e crueza, que dir-se-ia ter Inimá encontrado de novo suas qualidades melhores, agora ainda temperadas pelo sentimento inefável de uma poética que o tempo cristalizou.”
José Roberto Teixeira Leite
“Suas paisagens, seus retratos e suas “naturezas em silêncio” estão realizadas com uma riquíssima gama de tons que emprestam às cores uma nobreza que a pintura moderna soube destacar...”
Quirino Campofiorito
“Em cada um dos gêneros que trabalha, Inimá segue mais ou menos o mesmo percurso: do colorido sombrio à explosão cromática, da rigidez à desenvoltura, da economia à abundância formal, do cubismo ao fovismo. Muitas vezes busca um equilíbrio tenso entre esses extremos ou entre um momento e outro propõe intervalos expressionistas ou líricos. As suas naturezas-mortas não fogem a esse percurso evolutivo.”
Frederico Morais
Trechos extraídos do livro “Inimá de Paula, o Fauve Brasileiro”, edição Léo Christiano Editorial, 1987
“Num desenho vigoroso Inimá esquematiza suas formas, às quais pespega um colorido violento e expressivo. Figura humana, natureza morta ou casario, tudo lhe sai com tal truculência, com tamanho vigor e crueza, que dir-se-ia ter Inimá encontrado de novo suas qualidades melhores, agora ainda temperadas pelo sentimento inefável de uma poética que o tempo cristalizou.”
José Roberto Teixeira Leite
“Suas paisagens, seus retratos e suas “naturezas em silêncio” estão realizadas com uma riquíssima gama de tons que emprestam às cores uma nobreza que a pintura moderna soube destacar...”
Quirino Campofiorito
“Em cada um dos gêneros que trabalha, Inimá segue mais ou menos o mesmo percurso: do colorido sombrio à explosão cromática, da rigidez à desenvoltura, da economia à abundância formal, do cubismo ao fovismo. Muitas vezes busca um equilíbrio tenso entre esses extremos ou entre um momento e outro propõe intervalos expressionistas ou líricos. As suas naturezas-mortas não fogem a esse percurso evolutivo.”
Frederico Morais
Trechos extraídos do livro “Inimá de Paula, o Fauve Brasileiro”, edição Léo Christiano Editorial, 1987
Lance Mínimo: R$ 18.000,00
Lote 117 - Emiliano Di Cavalcanti
Descanso – 53 x 73 cm – Serigrafia
Ass. Canto Inferior Direito
Ass. Canto Inferior Direito
Esta serigrafia faz parte do álbum “Emiliano Di Cavalcanti – Oito Serigrafias Originais”, texto de Jorge Amado, editado pelo Clube de Arte, no Rio de Janeiro, em 1975
Exemplar 144/200
Exemplar 144/200
Lance Mínimo: R$ 4.500,00
Lote 117A - Emiliano Di Cavalcanti
Pescadores com Mulata – 53 x 73 cm – Serigrafia
Ass. Canto Inferior Direito
Ass. Canto Inferior Direito
Esta serigrafia faz parte do álbum “Emiliano Di Cavalcanti – Oito Serigrafias Originais”, texto de Jorge Amado, editado pelo Clube de Arte, no Rio de Janeiro, em 1975
Exemplar 144/200
Exemplar 144/200
Lance Mínimo: R$ 4.500,00
Lote 125 - Antônio Poteiro
Cavalhada – 135 x 155,5 cm - Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 2005
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 2005
Acompanha documento de autenticidade emitido pelo Instituto Antônio Poteiro
“(...) para proclamar aqui de público meu entusiasmo por Antonio Poteiro, e minha convicção de que estamos diante de um fascinante e poderoso criador. (...) Em Poteiro, impressiona, de saída, a fabulação excepcionalmente rica, numa gama muito mais ampla que a de José Antônio da Silva, por exemplo.”
Olívio Tavares de Araújo
Trecho extraído do texto do catálogo da exposição individual do artista publicado pela Galeria São Paulo (SP) em 1984
“(...) para proclamar aqui de público meu entusiasmo por Antonio Poteiro, e minha convicção de que estamos diante de um fascinante e poderoso criador. (...) Em Poteiro, impressiona, de saída, a fabulação excepcionalmente rica, numa gama muito mais ampla que a de José Antônio da Silva, por exemplo.”
Olívio Tavares de Araújo
Trecho extraído do texto do catálogo da exposição individual do artista publicado pela Galeria São Paulo (SP) em 1984
Lance Mínimo: R$ 90.000,00
Lote 130 - Djanira
Nossa Senhora da Conceição - 65 x 54 cm
Óleo Sobre Tela - Ass. Canto Inferior Direito
Década de 1960/1970
Óleo Sobre Tela - Ass. Canto Inferior Direito
Década de 1960/1970
Esta obra pertenceu à coleção particular do Dr. Paulo Antunes que ocupou o cargo de Secretário do Trabalho e Cultura Popular do Estado de Minas Gerais quando o Sr. José Magalhães Pinto foi o Governador do Estado de Minas Gerais entre 1961 a 1966.
Na fotografia acima está a filha do Dr. Paulo Antunes, Sônia Maria de P. Antunes Carvalho, no dia do seu casamento com o Dr. Francisco Galvão de Carvalho, que aconteceu na Igreja de Lourdes, em Belo Horizonte, em 21.04.1962. A recepção do casamento ocorreu na casa da família, no bairro Cidade Jardim, na rua Eduardo Porto, 237, na capital mineira. Esta obra-prima da artista Djanira está na família desde esta época.
Djanira da Motta e Silva (Avaré, São Paulo, 1914 – Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1979). Pintora, desenhista, cartazista, gravadora. Destaca-se como um nome importante do modernismo brasileiro. Em sua obra coexistem a religiosidade e a diversidade de cenas e paisagens do Brasil.
A infância e a adolescência da artista se caracterizam pela vida simples e pelo trabalho no campo. Retrata Avaré, cidade no interior de São Paulo onde nasce, e Porto União, cidade de Santa Catarina onde cresce e trabalha na lavoura. Muda-se para São Paulo em 1932. Em 1937, é internada com tuberculose em um sanatório de São José dos Campos, no qual começa a desenhar.
O aspecto religioso dos trabalhos de Djanira está presente desde seu primeiro desenho – um Cristo (1939) feito no sanatório de São José dos Campos. Para o crítico Clarival do Prado Valladares (1918-1983), os temas prosaicos ganham “transcendência plástica”, levando o objeto captado para outro plano. Valladares afirma, além disso, que a dualidade da obra de Djanira, composta pela fusão entre pintura mística e pintura terrena, tem “resultado” que “surpreende pela poesia e drama”.
Após a estadia no sanatório, muda-se para o Rio de Janeiro em 1939 e abre uma pensão no bairro de Santa Teresa, onde convive com artistas modernistas como Milton Dacosta (1915-1988), Carlos Scliar (1920-2001), a portuguesa Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992), o húngaro Arpad Szenes (1897-1985) e o romeno Emeric Marcier (1916-1990). Também em 1939, assiste a aulas de pintura no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro. A sua obra inaugural possui temas caros à chamada arte primitiva ou ingênua, como as festas folclóricas, mas com elementos do modernismo: um exemplo são as padronagens, como a do quadro Costureira (1951), e as imagens sem perspectiva em que os corpos parecem colagens, como o cartaz para a peça Orfeu da Conceição (1956), que lembram os trabalhos do pintor francês Henri Matisse (1869-1954). O escritor Paulo Mendes Campos (1922-1991) nota essa ambivalência em seu trabalho e afirma que Djanira “nos comunica a ingenuidade brasileira” com “técnica muito disciplinada”.
A artista retrata igualmente aquilo que habita sua memória e o que a rodeia no bairro de Santa Teresa: o cotidiano de trabalhadores, as festas de rua, as paisagens, os amigos e parentes. Os temas da vida simples e do trabalho no campo reaparecem em sua pintura. O mote se estende ao longo da carreira e se repete, por exemplo, no quadro Cafezal (1952). Em 1942, expõe pela primeira vez na Divisão Moderna do Salão de Belas Artes e, no ano seguinte, faz sua primeira individual no edifício da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro. Em 1943, participa da exposição Pintura Moderna Brasileira na Royal Academy of Arts, em Londres, Inglaterra. Nessa época, também expõe suas obras na Argentina, no Uruguai e no Chile.
Entre 1944 e 1947, mora nos Estados Unidos e em 1946 realiza exposição individual na New School for Social Research, em Nova York. Expõe igualmente em Washington e Boston. Também participa da exposição de Arte Moderna no Musée National d'Art Moderne [Museu Nacional de Arte Moderna], em Paris.
Nos anos 1950, após temporada nos Estados Unidos, volta ao Brasil e decide viajar o país e retratar sua diversidade. Se antes as cenas representadas eram seu ambiente natural de vida e trabalho, agora a artista viaja em busca de material para sua produção. Em diversos estados brasileiros, realiza pinturas de colhedores de café, vaqueiros, mulheres no campo e na praia, índios, tecelões, oleiros e trabalhadores de usinas de cana-de-açúcar. As cenas não se restringem ao trabalho rural: há operários da indústria automobilística e mineiros, como mostram as pinturas dos anos 1960 e 1970. Seu interesse nas cenas únicas do cotidiano dos trabalhadores resulta em uma pintura que transcende essa singularidade e busca o “aspecto permanente do assunto”, conforme afirma o crítico José Valladares. Um vendedor de gaiolas revela uma espécie de personalidade comum a todos os outros vendedores, como se Djanira buscasse, na multiplicidade da cultura brasileira, arquétipos que se repetem. Da sua produção, destacam-se obras marcantes como o mural Candomblé (1957), para a casa do escritor Jorge Amado (1912-2001); os azulejos da Capela de Santa Bárbara (1958), Rio de Janeiro; e as ilustrações do livro Campo geral (1964), do escritor Guimarães Rosa (1908-1967).
Em 1977, o Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), no Rio de Janeiro, promove uma retrospectiva de sua trajetória. Após sua morte, seus quadros são expostos em diversas exposições nacionais e internacionais. No acervo do MNBA estão abrigadas 813 de suas obras.
Fonte: Itaú Cultural
Lance Mínimo: R$ 120.000,00
Lote 133 - Lorenzato
São Francisco Dirigindo-se à Gruta para Dormir
49 x 32 cm - Óleo Sobre Tela Sobre Eucatex
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 1992
49 x 32 cm - Óleo Sobre Tela Sobre Eucatex
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 1992
“(...) Num processo oposto ao de Guignard, cujas últimas obras vão se tornando diáfanas, transparentes e leves, os quadros de Lorenzato são cada vez mais opacos, mais graves e pesados. Ele pinta sem arroubos, com total distanciamento, não atende às demandas do mercado ou do sistema. Completamente imerso na potência real da imagem que constrói, pinta num estado de contenção vital. Não pinta imagens; pinta pinturas; seu aprumo técnico tem a mesma fonte que sua fascinação pela superfície pictóricas, essas superfícies onde diferenças e similitudes acontecem. (...).
Maria Angélica Melendi
Trecho extraído do texto “A Pura Pintura de Lorenzato” publicado no livro “Lorenzato”, editora C/Arte, 2011
Lance Mínimo: R$ 200.000,00
Lote 142 - Renina Katz
Sem Título – 33 x 23 cm - Gravura em Metal
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 1993
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 1993
Exemplar 14/30
Nascida no Rio de Janeiro em 1925, Renina Katz construiu um legado profundo no mundo das artes visuais, perpetuando-se como uma das mais respeitadas gravuristas brasileiras. Formada em pintura pela Escola Nacional de Belas Artes e licenciada em desenho pela Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil, Renina aperfeiçoou suas habilidades em gravura sob a orientação de mestres como Carlos Oswald e Axl Leskoscheck. Sua mudança para São Paulo, em 1951, marcou o início de uma influente carreira docente, onde ensinou novos talentos no MASP, na FAAP e na FAU USP, onde lecionou por quase 30 anos. O lançamento do álbum de gravuras "Favela", em 1956, destacou seu olhar aguçado e sua capacidade de traduzir a complexidade social e emocional em arte. A influência de Renina transpassou gerações, refletindo-se em suas contribuições à arte no país.. Renina Katz alimenta um legado de primor e singularidade da gravura brasileira e tem papel fundamental no desenvolvimento e formalização do ensino superior de arte no Brasil. Diversos museus brasileiros tem obras da artista em suas coleções. Às vésperas de completar seu centenário de nascimento, esta gigante artista tão relevante na arte brasileira infelizmente veio a falecer no dia 21 de janeiro de 2025.
Nascida no Rio de Janeiro em 1925, Renina Katz construiu um legado profundo no mundo das artes visuais, perpetuando-se como uma das mais respeitadas gravuristas brasileiras. Formada em pintura pela Escola Nacional de Belas Artes e licenciada em desenho pela Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil, Renina aperfeiçoou suas habilidades em gravura sob a orientação de mestres como Carlos Oswald e Axl Leskoscheck. Sua mudança para São Paulo, em 1951, marcou o início de uma influente carreira docente, onde ensinou novos talentos no MASP, na FAAP e na FAU USP, onde lecionou por quase 30 anos. O lançamento do álbum de gravuras "Favela", em 1956, destacou seu olhar aguçado e sua capacidade de traduzir a complexidade social e emocional em arte. A influência de Renina transpassou gerações, refletindo-se em suas contribuições à arte no país.. Renina Katz alimenta um legado de primor e singularidade da gravura brasileira e tem papel fundamental no desenvolvimento e formalização do ensino superior de arte no Brasil. Diversos museus brasileiros tem obras da artista em suas coleções. Às vésperas de completar seu centenário de nascimento, esta gigante artista tão relevante na arte brasileira infelizmente veio a falecer no dia 21 de janeiro de 2025.
Lance Mínimo: R$ 900,00
Lote 165 - Fernando Lucchesi
Africanas - 160 x 220 cm
Óleo Sobre Tela Sobre Madeira - Ass. Verso e Dat. 2002
Óleo Sobre Tela Sobre Madeira - Ass. Verso e Dat. 2002
“Se há um artista em Minas – ou no Brasil – que mantém acesa a chama
do barroco da primeira metade do século XVIII em nosso país, embora
esteja além da racionalidade barroca lusitana e muito mais próximo do
delírio do barroco mexicano de Puebla, por exemplo, este é, por certo,
Fernando Lucchesi. Não é apenas no horror ao vazio com que preenche
suas telas, não é apenas na grafia arrebatada ou alucinada em sua
obsessão compulsiva, em composições das quais quase desaparece o
“desenho” subjacente à pintura.”
Aracy Amaral
Extraído do texto “Lucchesi: a vertigem do barroco” publicado no livro “Fernando Lucchesi”, editora C/Arte, 2000
“Não hesito em proclamar que Lucchesi constitui um dos mais verdadeiros e melhores artistas de sua geração em todo o país. (...) Nos círculos especializados, seu prestígio tem-se provado imbatível.”
Olívio Tavares de Araújo
Aracy Amaral
Extraído do texto “Lucchesi: a vertigem do barroco” publicado no livro “Fernando Lucchesi”, editora C/Arte, 2000
“Não hesito em proclamar que Lucchesi constitui um dos mais verdadeiros e melhores artistas de sua geração em todo o país. (...) Nos círculos especializados, seu prestígio tem-se provado imbatível.”
Olívio Tavares de Araújo
Lance Mínimo: R$ 36.000,00