Leilão de Arte PRESENCIAL e ON-LINE,
19 e 20 Agosto de 2024
NOITE 1:
19 Agosto, segunda-feira, às 19h30min.
Com transmissão ao vivo.
NOITE 2:
20 Agosto, terça-feira, às 19h30min.
Com transmissão ao vivo.
Apreciação Física das Obras:
De 14 a 18 de Abril de 10 às 20h
Inclusive sábado e domingo
Rua Curitiba, 1862, Lourdes
Com Estacionamento Privativo
Lances Prévios:
SERÃO ACEITOS
LANCES PRÉVIOS, POR ESCRITO,
enviados para
contato@errol.com.br
até 2h antes do leilão
(31) 9 9889 5445
(31) 9 9889 1515
Informações:
Formas de Pagamento:
Dinheiro
ou
Em até 3 Vezes
no Cheque
Formas de Envio:
Retirada na Galeria
ou
Frete por conta
do Arrematante.
Relação de Lotes - Noite 1
Lote 001 - Antônio Poteiro
A Revoada I - 25 x 30 cm
Óleo Sobre Tela
Canto Inferior Direito e Dat. 2002
Óleo Sobre Tela
Canto Inferior Direito e Dat. 2002
Esta obra está reproduzida no livro da exposição retrospectiva
realizada pelo artista em Belo Horizonte em 2017
Acompanha documento de autenticidade emitido pelo Instituto Antônio Poteiro
Acompanha documento de autenticidade emitido pelo Instituto Antônio Poteiro
Lance Mínimo: R$ 6.000,00
Lote 025 - Inimá de Paula
Paisagem com Casario – 45 x 61 cm
Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Esquerdo e Dat. 1986
Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Esquerdo e Dat. 1986
“Um dos nomes fundamentais da pintura brasileira no pós-guerra,
Inimá figura entre os nossos maiores paisagistas modernos, ao lado
de Guignard, Pancetti e Bonadei.”
Wilson Rocha
Wilson Rocha
Lance Mínimo: R$ 15.000,00
Lote 031 - Emiliano Di Cavalcanti
Casal de Pescadores – 53 x 73 cm
Serigrafia
Ass. Canto Inferior Direito
Serigrafia
Ass. Canto Inferior Direito
Exemplar 144/200
Esta serigrafia faz parte do álbum “Emiliano Di Cavalcanti
Oito Serigrafias Originais”, texto de Jorge Amado, editado pelo Clube de Arte, no Rio de Janeiro, em 1975
“(...) Digamos logo as coisas de uma vez: Di Cavalcanti – claro que me refiro ao artista, e não ao homem – é um hedonista e um sensual. Compreende-se, portanto, que, muito mais que pelo expressionismo, se sentisse impressionado quando, em sua primeira viagem à Europa, em 1923, deparou com as mulheres monumentais de Picasso – o Picasso que se evadia das linhas frias, severas, retas e angulosas do cubismo para as curvas sensuais, exuberantes e mediterrâneas da sua fase neoclássica. Mas se esse encontro com o grande pintor espanhol constituiu provavelmente, para o brasileiro, uma revelação do seu próprio temperamento, sugerindo-lhe uma forma de exprimir plasticamente o que há de ondulante, macio, cálido e maternal no corpo feminino, força é confessar que a personalidade do nosso artista não se deixou subjugar ou dominar passivamente pela outra, mais amadurecida, do mestre consagrado. O que há em Di Cavalcanti de intrinsecamente brasileiro, ou melhor, de carioca, levava-o a uma interpretação pessoal, a uma espécie de tradução para o mulato das mulheres clássicas e um pouco olímpicas de Picasso, dando-lhes um frêmito, uma malícia e uma indolência que elas não tinham. E se os quadros de Picasso dessa época sugerem fragrâncias de mel do Himeto e vagos odores de vinho velho e de ambrosia, dos de Di Cavalcanti exala-se um cheiro forte, penetrante e lúbrico de mulatas despidas. (...)”
Luís Martins
Trecho extraído do texto “Di Cavalcanti” publicado no livro “Grandes Artistas Brasileiros – Di Cavalcanti”, Círculo do Livro S. A. e Art Editora
Esta serigrafia faz parte do álbum “Emiliano Di Cavalcanti
Oito Serigrafias Originais”, texto de Jorge Amado, editado pelo Clube de Arte, no Rio de Janeiro, em 1975
“(...) Digamos logo as coisas de uma vez: Di Cavalcanti – claro que me refiro ao artista, e não ao homem – é um hedonista e um sensual. Compreende-se, portanto, que, muito mais que pelo expressionismo, se sentisse impressionado quando, em sua primeira viagem à Europa, em 1923, deparou com as mulheres monumentais de Picasso – o Picasso que se evadia das linhas frias, severas, retas e angulosas do cubismo para as curvas sensuais, exuberantes e mediterrâneas da sua fase neoclássica. Mas se esse encontro com o grande pintor espanhol constituiu provavelmente, para o brasileiro, uma revelação do seu próprio temperamento, sugerindo-lhe uma forma de exprimir plasticamente o que há de ondulante, macio, cálido e maternal no corpo feminino, força é confessar que a personalidade do nosso artista não se deixou subjugar ou dominar passivamente pela outra, mais amadurecida, do mestre consagrado. O que há em Di Cavalcanti de intrinsecamente brasileiro, ou melhor, de carioca, levava-o a uma interpretação pessoal, a uma espécie de tradução para o mulato das mulheres clássicas e um pouco olímpicas de Picasso, dando-lhes um frêmito, uma malícia e uma indolência que elas não tinham. E se os quadros de Picasso dessa época sugerem fragrâncias de mel do Himeto e vagos odores de vinho velho e de ambrosia, dos de Di Cavalcanti exala-se um cheiro forte, penetrante e lúbrico de mulatas despidas. (...)”
Luís Martins
Trecho extraído do texto “Di Cavalcanti” publicado no livro “Grandes Artistas Brasileiros – Di Cavalcanti”, Círculo do Livro S. A. e Art Editora
Lance Mínimo: R$ 3.500,00
Lote 032 - Emiliano Di Cavalcanti
Mulher com Pássaro – 73 x 53 cm
Serigrafia
Ass. Canto Inferior Direito
Serigrafia
Ass. Canto Inferior Direito
Exemplar 144/200
Esta serigrafia faz parte do álbum “Emiliano Di Cavalcanti
Oito Serigrafias Originais”, texto de Jorge Amado, editado pelo Clube de Arte, no Rio de Janeiro, em 1975
“(...) Digamos logo as coisas de uma vez: Di Cavalcanti – claro que me refiro ao artista, e não ao homem – é um hedonista e um sensual. Compreende-se, portanto, que, muito mais que pelo expressionismo, se sentisse impressionado quando, em sua primeira viagem à Europa, em 1923, deparou com as mulheres monumentais de Picasso – o Picasso que se evadia das linhas frias, severas, retas e angulosas do cubismo para as curvas sensuais, exuberantes e mediterrâneas da sua fase neoclássica. Mas se esse encontro com o grande pintor espanhol constituiu provavelmente, para o brasileiro, uma revelação do seu próprio temperamento, sugerindo-lhe uma forma de exprimir plasticamente o que há de ondulante, macio, cálido e maternal no corpo feminino, força é confessar que a personalidade do nosso artista não se deixou subjugar ou dominar passivamente pela outra, mais amadurecida, do mestre consagrado. O que há em Di Cavalcanti de intrinsecamente brasileiro, ou melhor, de carioca, levava-o a uma interpretação pessoal, a uma espécie de tradução para o mulato das mulheres clássicas e um pouco olímpicas de Picasso, dando-lhes um frêmito, uma malícia e uma indolência que elas não tinham. E se os quadros de Picasso dessa época sugerem fragrâncias de mel do Himeto e vagos odores de vinho velho e de ambrosia, dos de Di Cavalcanti exala-se um cheiro forte, penetrante e lúbrico de mulatas despidas. (...)”
Luís Martins
Trecho extraído do texto “Di Cavalcanti” publicado no livro “Grandes Artistas Brasileiros – Di Cavalcanti”, Círculo do Livro S. A. e Art Editora
Esta serigrafia faz parte do álbum “Emiliano Di Cavalcanti
Oito Serigrafias Originais”, texto de Jorge Amado, editado pelo Clube de Arte, no Rio de Janeiro, em 1975
“(...) Digamos logo as coisas de uma vez: Di Cavalcanti – claro que me refiro ao artista, e não ao homem – é um hedonista e um sensual. Compreende-se, portanto, que, muito mais que pelo expressionismo, se sentisse impressionado quando, em sua primeira viagem à Europa, em 1923, deparou com as mulheres monumentais de Picasso – o Picasso que se evadia das linhas frias, severas, retas e angulosas do cubismo para as curvas sensuais, exuberantes e mediterrâneas da sua fase neoclássica. Mas se esse encontro com o grande pintor espanhol constituiu provavelmente, para o brasileiro, uma revelação do seu próprio temperamento, sugerindo-lhe uma forma de exprimir plasticamente o que há de ondulante, macio, cálido e maternal no corpo feminino, força é confessar que a personalidade do nosso artista não se deixou subjugar ou dominar passivamente pela outra, mais amadurecida, do mestre consagrado. O que há em Di Cavalcanti de intrinsecamente brasileiro, ou melhor, de carioca, levava-o a uma interpretação pessoal, a uma espécie de tradução para o mulato das mulheres clássicas e um pouco olímpicas de Picasso, dando-lhes um frêmito, uma malícia e uma indolência que elas não tinham. E se os quadros de Picasso dessa época sugerem fragrâncias de mel do Himeto e vagos odores de vinho velho e de ambrosia, dos de Di Cavalcanti exala-se um cheiro forte, penetrante e lúbrico de mulatas despidas. (...)”
Luís Martins
Trecho extraído do texto “Di Cavalcanti” publicado no livro “Grandes Artistas Brasileiros – Di Cavalcanti”, Círculo do Livro S. A. e Art Editora
Lance Mínimo: R$ 3.500,00
Lote 033 - Emiliano Di Cavalcanti
Descanso – 53 x 73 cm
Serigrafia
Ass. Canto Inferior Direito
Serigrafia
Ass. Canto Inferior Direito
Exemplar 144/200
Esta serigrafia faz parte do álbum “Emiliano Di Cavalcanti
Oito Serigrafias Originais”, texto de Jorge Amado, editado pelo Clube de Arte, no Rio de Janeiro, em 1975
“(...) Digamos logo as coisas de uma vez: Di Cavalcanti – claro que me refiro ao artista, e não ao homem – é um hedonista e um sensual. Compreende-se, portanto, que, muito mais que pelo expressionismo, se sentisse impressionado quando, em sua primeira viagem à Europa, em 1923, deparou com as mulheres monumentais de Picasso – o Picasso que se evadia das linhas frias, severas, retas e angulosas do cubismo para as curvas sensuais, exuberantes e mediterrâneas da sua fase neoclássica. Mas se esse encontro com o grande pintor espanhol constituiu provavelmente, para o brasileiro, uma revelação do seu próprio temperamento, sugerindo-lhe uma forma de exprimir plasticamente o que há de ondulante, macio, cálido e maternal no corpo feminino, força é confessar que a personalidade do nosso artista não se deixou subjugar ou dominar passivamente pela outra, mais amadurecida, do mestre consagrado. O que há em Di Cavalcanti de intrinsecamente brasileiro, ou melhor, de carioca, levava-o a uma interpretação pessoal, a uma espécie de tradução para o mulato das mulheres clássicas e um pouco olímpicas de Picasso, dando-lhes um frêmito, uma malícia e uma indolência que elas não tinham. E se os quadros de Picasso dessa época sugerem fragrâncias de mel do Himeto e vagos odores de vinho velho e de ambrosia, dos de Di Cavalcanti exala-se um cheiro forte, penetrante e lúbrico de mulatas despidas. (...)”
Luís Martins
Trecho extraído do texto “Di Cavalcanti” publicado no livro “Grandes Artistas Brasileiros – Di Cavalcanti”, Círculo do Livro S. A. e Art Editora
Esta serigrafia faz parte do álbum “Emiliano Di Cavalcanti
Oito Serigrafias Originais”, texto de Jorge Amado, editado pelo Clube de Arte, no Rio de Janeiro, em 1975
“(...) Digamos logo as coisas de uma vez: Di Cavalcanti – claro que me refiro ao artista, e não ao homem – é um hedonista e um sensual. Compreende-se, portanto, que, muito mais que pelo expressionismo, se sentisse impressionado quando, em sua primeira viagem à Europa, em 1923, deparou com as mulheres monumentais de Picasso – o Picasso que se evadia das linhas frias, severas, retas e angulosas do cubismo para as curvas sensuais, exuberantes e mediterrâneas da sua fase neoclássica. Mas se esse encontro com o grande pintor espanhol constituiu provavelmente, para o brasileiro, uma revelação do seu próprio temperamento, sugerindo-lhe uma forma de exprimir plasticamente o que há de ondulante, macio, cálido e maternal no corpo feminino, força é confessar que a personalidade do nosso artista não se deixou subjugar ou dominar passivamente pela outra, mais amadurecida, do mestre consagrado. O que há em Di Cavalcanti de intrinsecamente brasileiro, ou melhor, de carioca, levava-o a uma interpretação pessoal, a uma espécie de tradução para o mulato das mulheres clássicas e um pouco olímpicas de Picasso, dando-lhes um frêmito, uma malícia e uma indolência que elas não tinham. E se os quadros de Picasso dessa época sugerem fragrâncias de mel do Himeto e vagos odores de vinho velho e de ambrosia, dos de Di Cavalcanti exala-se um cheiro forte, penetrante e lúbrico de mulatas despidas. (...)”
Luís Martins
Trecho extraído do texto “Di Cavalcanti” publicado no livro “Grandes Artistas Brasileiros – Di Cavalcanti”, Círculo do Livro S. A. e Art Editora
Lance Mínimo: R$ 3.500,00
Lote 034 - Emiliano Di Cavalcanti
Pescadores com Mulata – 53 x 73 cm
Serigrafia
Ass. Canto Inferior Direito
Serigrafia
Ass. Canto Inferior Direito
Exemplar 144/200
Esta serigrafia faz parte do álbum “Emiliano Di Cavalcanti
Oito Serigrafias Originais”, texto de Jorge Amado, editado pelo Clube de Arte, no Rio de Janeiro, em 1975
“(...) Digamos logo as coisas de uma vez: Di Cavalcanti – claro que me refiro ao artista, e não ao homem – é um hedonista e um sensual. Compreende-se, portanto, que, muito mais que pelo expressionismo, se sentisse impressionado quando, em sua primeira viagem à Europa, em 1923, deparou com as mulheres monumentais de Picasso – o Picasso que se evadia das linhas frias, severas, retas e angulosas do cubismo para as curvas sensuais, exuberantes e mediterrâneas da sua fase neoclássica. Mas se esse encontro com o grande pintor espanhol constituiu provavelmente, para o brasileiro, uma revelação do seu próprio temperamento, sugerindo-lhe uma forma de exprimir plasticamente o que há de ondulante, macio, cálido e maternal no corpo feminino, força é confessar que a personalidade do nosso artista não se deixou subjugar ou dominar passivamente pela outra, mais amadurecida, do mestre consagrado. O que há em Di Cavalcanti de intrinsecamente brasileiro, ou melhor, de carioca, levava-o a uma interpretação pessoal, a uma espécie de tradução para o mulato das mulheres clássicas e um pouco olímpicas de Picasso, dando-lhes um frêmito, uma malícia e uma indolência que elas não tinham. E se os quadros de Picasso dessa época sugerem fragrâncias de mel do Himeto e vagos odores de vinho velho e de ambrosia, dos de Di Cavalcanti exala-se um cheiro forte, penetrante e lúbrico de mulatas despidas. (...)”
Luís Martins
Trecho extraído do texto “Di Cavalcanti” publicado no livro “Grandes Artistas Brasileiros – Di Cavalcanti”, Círculo do Livro S. A. e Art Editora
Esta serigrafia faz parte do álbum “Emiliano Di Cavalcanti
Oito Serigrafias Originais”, texto de Jorge Amado, editado pelo Clube de Arte, no Rio de Janeiro, em 1975
“(...) Digamos logo as coisas de uma vez: Di Cavalcanti – claro que me refiro ao artista, e não ao homem – é um hedonista e um sensual. Compreende-se, portanto, que, muito mais que pelo expressionismo, se sentisse impressionado quando, em sua primeira viagem à Europa, em 1923, deparou com as mulheres monumentais de Picasso – o Picasso que se evadia das linhas frias, severas, retas e angulosas do cubismo para as curvas sensuais, exuberantes e mediterrâneas da sua fase neoclássica. Mas se esse encontro com o grande pintor espanhol constituiu provavelmente, para o brasileiro, uma revelação do seu próprio temperamento, sugerindo-lhe uma forma de exprimir plasticamente o que há de ondulante, macio, cálido e maternal no corpo feminino, força é confessar que a personalidade do nosso artista não se deixou subjugar ou dominar passivamente pela outra, mais amadurecida, do mestre consagrado. O que há em Di Cavalcanti de intrinsecamente brasileiro, ou melhor, de carioca, levava-o a uma interpretação pessoal, a uma espécie de tradução para o mulato das mulheres clássicas e um pouco olímpicas de Picasso, dando-lhes um frêmito, uma malícia e uma indolência que elas não tinham. E se os quadros de Picasso dessa época sugerem fragrâncias de mel do Himeto e vagos odores de vinho velho e de ambrosia, dos de Di Cavalcanti exala-se um cheiro forte, penetrante e lúbrico de mulatas despidas. (...)”
Luís Martins
Trecho extraído do texto “Di Cavalcanti” publicado no livro “Grandes Artistas Brasileiros – Di Cavalcanti”, Círculo do Livro S. A. e Art Editora
Lance Mínimo: R$ 3.500,00
Lote 035 - Emiliano Di Cavalcanti
Mulatas – 73 x 53 cm
Serigrafia
Ass. Canto Inferior Direito
Serigrafia
Ass. Canto Inferior Direito
Exemplar 144/200
Esta serigrafia faz parte do álbum “Emiliano Di Cavalcanti
Oito Serigrafias Originais”, texto de Jorge Amado, editado pelo Clube de Arte, no Rio de Janeiro, em 1975
“(...) Digamos logo as coisas de uma vez: Di Cavalcanti – claro que me refiro ao artista, e não ao homem – é um hedonista e um sensual. Compreende-se, portanto, que, muito mais que pelo expressionismo, se sentisse impressionado quando, em sua primeira viagem à Europa, em 1923, deparou com as mulheres monumentais de Picasso – o Picasso que se evadia das linhas frias, severas, retas e angulosas do cubismo para as curvas sensuais, exuberantes e mediterrâneas da sua fase neoclássica. Mas se esse encontro com o grande pintor espanhol constituiu provavelmente, para o brasileiro, uma revelação do seu próprio temperamento, sugerindo-lhe uma forma de exprimir plasticamente o que há de ondulante, macio, cálido e maternal no corpo feminino, força é confessar que a personalidade do nosso artista não se deixou subjugar ou dominar passivamente pela outra, mais amadurecida, do mestre consagrado. O que há em Di Cavalcanti de intrinsecamente brasileiro, ou melhor, de carioca, levava-o a uma interpretação pessoal, a uma espécie de tradução para o mulato das mulheres clássicas e um pouco olímpicas de Picasso, dando-lhes um frêmito, uma malícia e uma indolência que elas não tinham. E se os quadros de Picasso dessa época sugerem fragrâncias de mel do Himeto e vagos odores de vinho velho e de ambrosia, dos de Di Cavalcanti exala-se um cheiro forte, penetrante e lúbrico de mulatas despidas. (...)”
Luís Martins
Trecho extraído do texto “Di Cavalcanti” publicado no livro “Grandes Artistas Brasileiros – Di Cavalcanti”, Círculo do Livro S. A. e Art Editora
Esta serigrafia faz parte do álbum “Emiliano Di Cavalcanti
Oito Serigrafias Originais”, texto de Jorge Amado, editado pelo Clube de Arte, no Rio de Janeiro, em 1975
“(...) Digamos logo as coisas de uma vez: Di Cavalcanti – claro que me refiro ao artista, e não ao homem – é um hedonista e um sensual. Compreende-se, portanto, que, muito mais que pelo expressionismo, se sentisse impressionado quando, em sua primeira viagem à Europa, em 1923, deparou com as mulheres monumentais de Picasso – o Picasso que se evadia das linhas frias, severas, retas e angulosas do cubismo para as curvas sensuais, exuberantes e mediterrâneas da sua fase neoclássica. Mas se esse encontro com o grande pintor espanhol constituiu provavelmente, para o brasileiro, uma revelação do seu próprio temperamento, sugerindo-lhe uma forma de exprimir plasticamente o que há de ondulante, macio, cálido e maternal no corpo feminino, força é confessar que a personalidade do nosso artista não se deixou subjugar ou dominar passivamente pela outra, mais amadurecida, do mestre consagrado. O que há em Di Cavalcanti de intrinsecamente brasileiro, ou melhor, de carioca, levava-o a uma interpretação pessoal, a uma espécie de tradução para o mulato das mulheres clássicas e um pouco olímpicas de Picasso, dando-lhes um frêmito, uma malícia e uma indolência que elas não tinham. E se os quadros de Picasso dessa época sugerem fragrâncias de mel do Himeto e vagos odores de vinho velho e de ambrosia, dos de Di Cavalcanti exala-se um cheiro forte, penetrante e lúbrico de mulatas despidas. (...)”
Luís Martins
Trecho extraído do texto “Di Cavalcanti” publicado no livro “Grandes Artistas Brasileiros – Di Cavalcanti”, Círculo do Livro S. A. e Art Editora
Lance Mínimo: R$ 3.500,00
Lote 036 - Emiliano Di Cavalcanti
O Boêmio – 73 x 53 cm
Serigrafia
Ass. Canto Inferior Direito
Serigrafia
Ass. Canto Inferior Direito
Exemplar 144/200
Esta serigrafia faz parte do álbum “Emiliano Di Cavalcanti
Oito Serigrafias Originais”, texto de Jorge Amado, editado pelo Clube de Arte, no Rio de Janeiro, em 1975
“(...) Digamos logo as coisas de uma vez: Di Cavalcanti – claro que me refiro ao artista, e não ao homem – é um hedonista e um sensual. Compreende-se, portanto, que, muito mais que pelo expressionismo, se sentisse impressionado quando, em sua primeira viagem à Europa, em 1923, deparou com as mulheres monumentais de Picasso – o Picasso que se evadia das linhas frias, severas, retas e angulosas do cubismo para as curvas sensuais, exuberantes e mediterrâneas da sua fase neoclássica. Mas se esse encontro com o grande pintor espanhol constituiu provavelmente, para o brasileiro, uma revelação do seu próprio temperamento, sugerindo-lhe uma forma de exprimir plasticamente o que há de ondulante, macio, cálido e maternal no corpo feminino, força é confessar que a personalidade do nosso artista não se deixou subjugar ou dominar passivamente pela outra, mais amadurecida, do mestre consagrado. O que há em Di Cavalcanti de intrinsecamente brasileiro, ou melhor, de carioca, levava-o a uma interpretação pessoal, a uma espécie de tradução para o mulato das mulheres clássicas e um pouco olímpicas de Picasso, dando-lhes um frêmito, uma malícia e uma indolência que elas não tinham. E se os quadros de Picasso dessa época sugerem fragrâncias de mel do Himeto e vagos odores de vinho velho e de ambrosia, dos de Di Cavalcanti exala-se um cheiro forte, penetrante e lúbrico de mulatas despidas. (...)”
Luís Martins
Trecho extraído do texto “Di Cavalcanti” publicado no livro “Grandes Artistas Brasileiros – Di Cavalcanti”, Círculo do Livro S. A. e Art Editora
Esta serigrafia faz parte do álbum “Emiliano Di Cavalcanti
Oito Serigrafias Originais”, texto de Jorge Amado, editado pelo Clube de Arte, no Rio de Janeiro, em 1975
“(...) Digamos logo as coisas de uma vez: Di Cavalcanti – claro que me refiro ao artista, e não ao homem – é um hedonista e um sensual. Compreende-se, portanto, que, muito mais que pelo expressionismo, se sentisse impressionado quando, em sua primeira viagem à Europa, em 1923, deparou com as mulheres monumentais de Picasso – o Picasso que se evadia das linhas frias, severas, retas e angulosas do cubismo para as curvas sensuais, exuberantes e mediterrâneas da sua fase neoclássica. Mas se esse encontro com o grande pintor espanhol constituiu provavelmente, para o brasileiro, uma revelação do seu próprio temperamento, sugerindo-lhe uma forma de exprimir plasticamente o que há de ondulante, macio, cálido e maternal no corpo feminino, força é confessar que a personalidade do nosso artista não se deixou subjugar ou dominar passivamente pela outra, mais amadurecida, do mestre consagrado. O que há em Di Cavalcanti de intrinsecamente brasileiro, ou melhor, de carioca, levava-o a uma interpretação pessoal, a uma espécie de tradução para o mulato das mulheres clássicas e um pouco olímpicas de Picasso, dando-lhes um frêmito, uma malícia e uma indolência que elas não tinham. E se os quadros de Picasso dessa época sugerem fragrâncias de mel do Himeto e vagos odores de vinho velho e de ambrosia, dos de Di Cavalcanti exala-se um cheiro forte, penetrante e lúbrico de mulatas despidas. (...)”
Luís Martins
Trecho extraído do texto “Di Cavalcanti” publicado no livro “Grandes Artistas Brasileiros – Di Cavalcanti”, Círculo do Livro S. A. e Art Editora
Lance Mínimo: R$ 3.500,00
Lote 037 - Emiliano Di Cavalcanti
Mulatas – 73 x 53 cm
Serigrafia
Ass. Canto Inferior Direito
Serigrafia
Ass. Canto Inferior Direito
Exemplar 144/200
Esta serigrafia faz parte do álbum “Emiliano Di Cavalcanti
Oito Serigrafias Originais”, texto de Jorge Amado, editado pelo Clube de Arte, no Rio de Janeiro, em 1975
“(...) Digamos logo as coisas de uma vez: Di Cavalcanti – claro que me refiro ao artista, e não ao homem – é um hedonista e um sensual. Compreende-se, portanto, que, muito mais que pelo expressionismo, se sentisse impressionado quando, em sua primeira viagem à Europa, em 1923, deparou com as mulheres monumentais de Picasso – o Picasso que se evadia das linhas frias, severas, retas e angulosas do cubismo para as curvas sensuais, exuberantes e mediterrâneas da sua fase neoclássica. Mas se esse encontro com o grande pintor espanhol constituiu provavelmente, para o brasileiro, uma revelação do seu próprio temperamento, sugerindo-lhe uma forma de exprimir plasticamente o que há de ondulante, macio, cálido e maternal no corpo feminino, força é confessar que a personalidade do nosso artista não se deixou subjugar ou dominar passivamente pela outra, mais amadurecida, do mestre consagrado. O que há em Di Cavalcanti de intrinsecamente brasileiro, ou melhor, de carioca, levava-o a uma interpretação pessoal, a uma espécie de tradução para o mulato das mulheres clássicas e um pouco olímpicas de Picasso, dando-lhes um frêmito, uma malícia e uma indolência que elas não tinham. E se os quadros de Picasso dessa época sugerem fragrâncias de mel do Himeto e vagos odores de vinho velho e de ambrosia, dos de Di Cavalcanti exala-se um cheiro forte, penetrante e lúbrico de mulatas despidas. (...)”
Luís Martins
Trecho extraído do texto “Di Cavalcanti” publicado no livro “Grandes Artistas Brasileiros – Di Cavalcanti”, Círculo do Livro S. A. e Art Editora
Esta serigrafia faz parte do álbum “Emiliano Di Cavalcanti
Oito Serigrafias Originais”, texto de Jorge Amado, editado pelo Clube de Arte, no Rio de Janeiro, em 1975
“(...) Digamos logo as coisas de uma vez: Di Cavalcanti – claro que me refiro ao artista, e não ao homem – é um hedonista e um sensual. Compreende-se, portanto, que, muito mais que pelo expressionismo, se sentisse impressionado quando, em sua primeira viagem à Europa, em 1923, deparou com as mulheres monumentais de Picasso – o Picasso que se evadia das linhas frias, severas, retas e angulosas do cubismo para as curvas sensuais, exuberantes e mediterrâneas da sua fase neoclássica. Mas se esse encontro com o grande pintor espanhol constituiu provavelmente, para o brasileiro, uma revelação do seu próprio temperamento, sugerindo-lhe uma forma de exprimir plasticamente o que há de ondulante, macio, cálido e maternal no corpo feminino, força é confessar que a personalidade do nosso artista não se deixou subjugar ou dominar passivamente pela outra, mais amadurecida, do mestre consagrado. O que há em Di Cavalcanti de intrinsecamente brasileiro, ou melhor, de carioca, levava-o a uma interpretação pessoal, a uma espécie de tradução para o mulato das mulheres clássicas e um pouco olímpicas de Picasso, dando-lhes um frêmito, uma malícia e uma indolência que elas não tinham. E se os quadros de Picasso dessa época sugerem fragrâncias de mel do Himeto e vagos odores de vinho velho e de ambrosia, dos de Di Cavalcanti exala-se um cheiro forte, penetrante e lúbrico de mulatas despidas. (...)”
Luís Martins
Trecho extraído do texto “Di Cavalcanti” publicado no livro “Grandes Artistas Brasileiros – Di Cavalcanti”, Círculo do Livro S. A. e Art Editora
Lance Mínimo: R$ 3.500,00
Lote 038 - Emiliano Di Cavalcanti
Mulher com Gato – 73 x 53 cm
Serigrafia
Ass. Canto Inferior Direito
Serigrafia
Ass. Canto Inferior Direito
Exemplar 144/200
Esta serigrafia faz parte do álbum “Emiliano Di Cavalcanti
Oito Serigrafias Originais”, texto de Jorge Amado, editado pelo Clube de Arte, no Rio de Janeiro, em 1975
“(...) Digamos logo as coisas de uma vez: Di Cavalcanti – claro que me refiro ao artista, e não ao homem – é um hedonista e um sensual. Compreende-se, portanto, que, muito mais que pelo expressionismo, se sentisse impressionado quando, em sua primeira viagem à Europa, em 1923, deparou com as mulheres monumentais de Picasso – o Picasso que se evadia das linhas frias, severas, retas e angulosas do cubismo para as curvas sensuais, exuberantes e mediterrâneas da sua fase neoclássica. Mas se esse encontro com o grande pintor espanhol constituiu provavelmente, para o brasileiro, uma revelação do seu próprio temperamento, sugerindo-lhe uma forma de exprimir plasticamente o que há de ondulante, macio, cálido e maternal no corpo feminino, força é confessar que a personalidade do nosso artista não se deixou subjugar ou dominar passivamente pela outra, mais amadurecida, do mestre consagrado. O que há em Di Cavalcanti de intrinsecamente brasileiro, ou melhor, de carioca, levava-o a uma interpretação pessoal, a uma espécie de tradução para o mulato das mulheres clássicas e um pouco olímpicas de Picasso, dando-lhes um frêmito, uma malícia e uma indolência que elas não tinham. E se os quadros de Picasso dessa época sugerem fragrâncias de mel do Himeto e vagos odores de vinho velho e de ambrosia, dos de Di Cavalcanti exala-se um cheiro forte, penetrante e lúbrico de mulatas despidas. (...)”
Luís Martins
Trecho extraído do texto “Di Cavalcanti” publicado no livro “Grandes Artistas Brasileiros – Di Cavalcanti”, Círculo do Livro S. A. e Art Editora
Esta serigrafia faz parte do álbum “Emiliano Di Cavalcanti
Oito Serigrafias Originais”, texto de Jorge Amado, editado pelo Clube de Arte, no Rio de Janeiro, em 1975
“(...) Digamos logo as coisas de uma vez: Di Cavalcanti – claro que me refiro ao artista, e não ao homem – é um hedonista e um sensual. Compreende-se, portanto, que, muito mais que pelo expressionismo, se sentisse impressionado quando, em sua primeira viagem à Europa, em 1923, deparou com as mulheres monumentais de Picasso – o Picasso que se evadia das linhas frias, severas, retas e angulosas do cubismo para as curvas sensuais, exuberantes e mediterrâneas da sua fase neoclássica. Mas se esse encontro com o grande pintor espanhol constituiu provavelmente, para o brasileiro, uma revelação do seu próprio temperamento, sugerindo-lhe uma forma de exprimir plasticamente o que há de ondulante, macio, cálido e maternal no corpo feminino, força é confessar que a personalidade do nosso artista não se deixou subjugar ou dominar passivamente pela outra, mais amadurecida, do mestre consagrado. O que há em Di Cavalcanti de intrinsecamente brasileiro, ou melhor, de carioca, levava-o a uma interpretação pessoal, a uma espécie de tradução para o mulato das mulheres clássicas e um pouco olímpicas de Picasso, dando-lhes um frêmito, uma malícia e uma indolência que elas não tinham. E se os quadros de Picasso dessa época sugerem fragrâncias de mel do Himeto e vagos odores de vinho velho e de ambrosia, dos de Di Cavalcanti exala-se um cheiro forte, penetrante e lúbrico de mulatas despidas. (...)”
Luís Martins
Trecho extraído do texto “Di Cavalcanti” publicado no livro “Grandes Artistas Brasileiros – Di Cavalcanti”, Círculo do Livro S. A. e Art Editora
Lance Mínimo: R$ 3.500,00
Lote 040 - Orlando Teruz
Jogando Peteca – 81 x 100 cm
Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 1971
Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 1971
Acompanha certificado de autenticidade emitido pelo Projeto Teruz
“As obras de Orlando Teruz têm há muito, garantida, a sua perenidade. E a explicação desse fato não é difícil. Ele, que variava apesar de sua aparente uniformidade. Variava não só em seus temas populares mas também na maneira pela qual os abordava, segundo o conteúdo poético que cada assunto exigia. Com a excelente técnica aprendida com Amoedo, Batista da Costa e Chambelland, na Escola Nacional de Belas Artes, acrescida com a de mestres flamengos e venezianos, entrou pelo modernismo em nossa pintura contemporânea. A obra de Teruz é perene porque dessa mistura perfeita sempre exala o sopro lírico, de ingênua poesia, que faz o espectador contemplar comovido a sua arte. (...)”
Flávio de Aquino
Trecho de texto extraído do livro do artista publicado pela Galeria de Arte Antonio Bandeira, editora Korum, 1985
“As obras de Orlando Teruz têm há muito, garantida, a sua perenidade. E a explicação desse fato não é difícil. Ele, que variava apesar de sua aparente uniformidade. Variava não só em seus temas populares mas também na maneira pela qual os abordava, segundo o conteúdo poético que cada assunto exigia. Com a excelente técnica aprendida com Amoedo, Batista da Costa e Chambelland, na Escola Nacional de Belas Artes, acrescida com a de mestres flamengos e venezianos, entrou pelo modernismo em nossa pintura contemporânea. A obra de Teruz é perene porque dessa mistura perfeita sempre exala o sopro lírico, de ingênua poesia, que faz o espectador contemplar comovido a sua arte. (...)”
Flávio de Aquino
Trecho de texto extraído do livro do artista publicado pela Galeria de Arte Antonio Bandeira, editora Korum, 1985
Lance Mínimo: R$ 34.000,00
Lote 040A - Fernando Lucchesi
Jardim das Letras – 63 x 128,5 cm
Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Esquerdo e Dat. 1985
Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Esquerdo e Dat. 1985
“Se há um artista em Minas – ou no Brasil – que mantém acesa a
chama do barroco da primeira metade do século XVIII em nosso
país, embora esteja além da racionalidade barroca lusitana e muito
mais próximo do delírio do barroco mexicano de Puebla, por
exemplo, este é, por certo, Fernando Lucchesi. Não é apenas no
horror ao vazio com que preenche suas telas, não é apenas na
grafia arrebatada ou alucinada em sua obsessão compulsiva, em
composições das quais quase desaparece o “desenho” subjacente
à pintura.”
“Os mesmos elementos são compulsivamente repetidos – o
triângulo, a garatuja, a meia-lua, o arbusto etc. – em cromatismo
vibrante, justapostos, sobrepostos, em composições dominadas
pela ortogonal. Pinturas nas quais parece difícil ao artista
suspender o gesto, não terminar a obra numa sessão de trabalho,
ou definir sua finitude. Além do automatismo inegável, percebido
em Lucchesi, pintura de obsessão, catarse vital, imperativa, a nos
comunicar a intensidade desse envolvimento total do artista em sua
árdua projeção imagética.”
Aracy Amaral
Extraído do texto “Lucchesi: a vertigem do barroco” publicado no livro “Fernando Lucchesi”, editora C/Arte, 2000
Aracy Amaral
Extraído do texto “Lucchesi: a vertigem do barroco” publicado no livro “Fernando Lucchesi”, editora C/Arte, 2000
Lance Mínimo: R$ 8.000,00
Lote 045 - Antônio Poteiro
Fauna Brasileira - 110 x 120 cm
Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Direito
Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Direito
Acompanha documento de autenticidade emitido pelo Instituto Antônio Poteiro
“(...) para proclamar aqui de público meu entusiasmo por Antonio Poteiro, e minha convicção de que estamos diante de um fascinante e poderoso criador. (...) Em Poteiro, impressiona, de saída, a fabulação excepcionalmente rica, numa gama muito mais ampla que a de José Antônio da Silva, por exemplo. (...) Não sei bem qual o segredo do sucesso, a esta altura universal, de Antonio Poteiro. A crítica e os colegas exaltam seu trabalho – enquanto o mercado o disputa. Entretanto, seu desenho não é bonitinho, como o dos falsos primitivos, e sim canhestro, rude como sua mão de ex-oleiro. Seu colorido não borboleteia em torno do bom gosto, mas prima pela corajosa harmonização dos imprevistos (...).”
Olívio Tavares de Araújo
Trecho extraído do texto do catálogo da exposição individual do artista publicado pela Galeria São Paulo (SP) em 1984
“(...) para proclamar aqui de público meu entusiasmo por Antonio Poteiro, e minha convicção de que estamos diante de um fascinante e poderoso criador. (...) Em Poteiro, impressiona, de saída, a fabulação excepcionalmente rica, numa gama muito mais ampla que a de José Antônio da Silva, por exemplo. (...) Não sei bem qual o segredo do sucesso, a esta altura universal, de Antonio Poteiro. A crítica e os colegas exaltam seu trabalho – enquanto o mercado o disputa. Entretanto, seu desenho não é bonitinho, como o dos falsos primitivos, e sim canhestro, rude como sua mão de ex-oleiro. Seu colorido não borboleteia em torno do bom gosto, mas prima pela corajosa harmonização dos imprevistos (...).”
Olívio Tavares de Araújo
Trecho extraído do texto do catálogo da exposição individual do artista publicado pela Galeria São Paulo (SP) em 1984
Lance Mínimo: R$ 45.000,00
Lote 050 - Emmanuel Nassar
Sem Título – 148 x 200 cm
Acrílica Sobre Tela
Ass. Parte Inferior e Dat. 1987 – Série Bandeira
Acrílica Sobre Tela
Ass. Parte Inferior e Dat. 1987 – Série Bandeira
Ex-Coleção Cândido Mendes
"(...) Nassar não é um artista que simplesmente se apropria de um universo de cores e formas populares para, ingenuamente, enaltecer a 'pureza' e a 'criatividade' do bravo povo do Norte. Atento à suposta banalização e esgotamento das linguagens plásticas eruditas, Nassar percebeu que esses elementos populares apontados acima guardavam semelhanças no mínimo desestabilizadoras dos conceitos que regeram (e ainda regem) uma das maiores tradições da arte deste século no Brasil e no exterior: o construtivismo, que no país se bifurcou nas vertentes concreta e neoconcreta. (...) o artista na verdade acaba zerando as duas linguagens, fazendo com que sua obra sobreviva como um poderoso e colorido curtocircuito nas engrenagens que ligam - e desagregam - essas duas tradições. Poderíamos rapidamente comparar uma pintura de Nassar com uma de Hércules Barsotti, um dos principais pintores brasileiros surgidos com o neocretismo. Na produção de Barsotti são as cores rigorosamente trabalhadas que preenchem o campo plástico, criando formas que tendem a levar o espectador a conceitos de lirismo, ordem e pureza. Nas pinturas de Nassar, a verdade das cores constituindo o campo da pintura é problematizada pela proposital insegurança do traçado e/ou pela inclusão não esperada de elementos decididamente alheios à 'ordem' construtiva: imagens toscas de membros humanos decepados, representações ilusionistas de pregos e outros instrumentos. . . Mesmo as iniciais do nome do artista ('E' e 'N') absolutamente não querem atestar a bidimensionalidade do plano (tão cara à tradição erudita construtiva), não. Elas, incorporadas à pintura, tendem a preenchê-la de um sentido simbólico, autobiográfico mesmo, praticamente inexistente na arte construtiva de origem erudita. O que Nassar pretende com sua pintura? O mesmo que seus colegas de geração, desestabilizar o consagrado, trazer lirismo e humor a uma tradição; negar a noção de arte como linguagem capaz de oferecer ao espectador uma mensagem previsível e apriorística da realidade que o cerca".
Tadeu Chiarelli
CHIARELLI, Tadeu. Sobre Brasil, de Emmanuel Nassar. In: SALÃO ARTE PARÁ, 1997, Belém. Fronteiras. Apresentação Lucidéa Maiorana. Belém: Fundação Romulo Maiorana: Palácio Lauro Sodré/Museu do Estado, 1997. p. 48.
"(...) Nassar não é um artista que simplesmente se apropria de um universo de cores e formas populares para, ingenuamente, enaltecer a 'pureza' e a 'criatividade' do bravo povo do Norte. Atento à suposta banalização e esgotamento das linguagens plásticas eruditas, Nassar percebeu que esses elementos populares apontados acima guardavam semelhanças no mínimo desestabilizadoras dos conceitos que regeram (e ainda regem) uma das maiores tradições da arte deste século no Brasil e no exterior: o construtivismo, que no país se bifurcou nas vertentes concreta e neoconcreta. (...) o artista na verdade acaba zerando as duas linguagens, fazendo com que sua obra sobreviva como um poderoso e colorido curtocircuito nas engrenagens que ligam - e desagregam - essas duas tradições. Poderíamos rapidamente comparar uma pintura de Nassar com uma de Hércules Barsotti, um dos principais pintores brasileiros surgidos com o neocretismo. Na produção de Barsotti são as cores rigorosamente trabalhadas que preenchem o campo plástico, criando formas que tendem a levar o espectador a conceitos de lirismo, ordem e pureza. Nas pinturas de Nassar, a verdade das cores constituindo o campo da pintura é problematizada pela proposital insegurança do traçado e/ou pela inclusão não esperada de elementos decididamente alheios à 'ordem' construtiva: imagens toscas de membros humanos decepados, representações ilusionistas de pregos e outros instrumentos. . . Mesmo as iniciais do nome do artista ('E' e 'N') absolutamente não querem atestar a bidimensionalidade do plano (tão cara à tradição erudita construtiva), não. Elas, incorporadas à pintura, tendem a preenchê-la de um sentido simbólico, autobiográfico mesmo, praticamente inexistente na arte construtiva de origem erudita. O que Nassar pretende com sua pintura? O mesmo que seus colegas de geração, desestabilizar o consagrado, trazer lirismo e humor a uma tradição; negar a noção de arte como linguagem capaz de oferecer ao espectador uma mensagem previsível e apriorística da realidade que o cerca".
Tadeu Chiarelli
CHIARELLI, Tadeu. Sobre Brasil, de Emmanuel Nassar. In: SALÃO ARTE PARÁ, 1997, Belém. Fronteiras. Apresentação Lucidéa Maiorana. Belém: Fundação Romulo Maiorana: Palácio Lauro Sodré/Museu do Estado, 1997. p. 48.
Lance Mínimo: R$ 68.000,00
Lote 055 - Emiliano Di Cavalcanti
Mulata – 29 x 20 cm
Nanquim Sobre Cartão
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 1968
Nanquim Sobre Cartão
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 1968
“(...) Há na obra de Di um componente ideológico, que se expressa
na escolha daqueles temas e uma profunda identificação com as
classes mais pobres e mesmo com marginais, os “excluídos” que,
pelo que são e representam, opõem-se aos valores da classe
dominante. (...) as mulatas de Di Cavalcanti encarnam um outro
tipo de beleza e uma outra concepção de feminilidade: em lugar de
corpos esguios e brancos, corpos morenos, lábios grossos, seios
volumosos, porejando sensualidade. Se, nas figuras da mulher da
alta sociedade, o encanto feminino se manifestava na discrição e
no recato, na da mulher do povo ela se explicitava precisamente na
espontaneidade e na franca sexualidade. Na exaltação da beleza
mestiça está embutido o resgate de um valor humano que o
preconceito e a discriminação desconsideraram (...).”
Ferreira Gullar
Trecho extraído do texto “A Modernidade em Di Cavalcanti” publicado no livro da exposição do artista, com apresentação de Max Perlingeiro, Edições Pinakotheke, 2006
“A nossa arte tem de ser como a nossa comida, o nosso ar, o nosso mar. Tem de ser reveladora da nossa cultura, pois a boa arte é sempre cultural e sua dimensão própria a de antecipar um momento cultural. O artista verdadeiro torna-se moderno para a sua época: ele traz o novo, é arauto de uma nova era”.
Di Cavalcanti
Transcrição de recorte do texto “A Modernidade em Di Cavalcanti”, por Ferreira Gullar, publicado no livro da exposição do artista, com apresentação de Max Perlingeiro, Edições Pinakotheke, 2006
Ferreira Gullar
Trecho extraído do texto “A Modernidade em Di Cavalcanti” publicado no livro da exposição do artista, com apresentação de Max Perlingeiro, Edições Pinakotheke, 2006
“A nossa arte tem de ser como a nossa comida, o nosso ar, o nosso mar. Tem de ser reveladora da nossa cultura, pois a boa arte é sempre cultural e sua dimensão própria a de antecipar um momento cultural. O artista verdadeiro torna-se moderno para a sua época: ele traz o novo, é arauto de uma nova era”.
Di Cavalcanti
Transcrição de recorte do texto “A Modernidade em Di Cavalcanti”, por Ferreira Gullar, publicado no livro da exposição do artista, com apresentação de Max Perlingeiro, Edições Pinakotheke, 2006
Lance Mínimo: R$ 28.000,00
Lote 055C - Guignard
Cartão de Ano Novo II – 13 x 8,5 cm
Guache
Ass. Parte Inferior e Dat. 1938
Guache
Ass. Parte Inferior e Dat. 1938
Escrito no verso “À Dona Lili e seus queridos um muito feliz ano novo do amigo Guignard”
Pertence à Família do artista franco-brasileiro modernista Pedro Correia de Araújo
“Críticos, artistas, poetas, diretores de museus, galeristas, colecionadores, leiloeiros, empresários, banqueiros, todo mundo ama Guignard. Eu não tenho dúvida de que, se consultados, os visitantes (especialistas ou leigos), adultos e crianças, brasileiros ou estrangeiros, de uma exposição reunindo nossos mais destacados modernistas, irão apontar Guignard como o mais empático e comunicativo, o que realizou a obra mais envolvente. E comovente. (...) E se hoje, esta unanimidade é tão evidente, Guignard nada fez no sentido de impor sua personalidade e sua obra. (...) Guignard retirou os objetos de sua banalidade, de seu prosaísmo cotidiano. Marcou com extrema sensibilidade e ternura todos os locais onde morou ou trabalhou: pensões, hotéis, mansões, escolas. Era através de um desenho feito no bar, de um retrato, de um cartão de natal, de um arabesco pintado sobre o móvel, de um bilhete convidando suas alunas da escola do parque para um chá, ou para posar; com uma nota de elogio ou crítica do trabalho, que ele deixava sobre o cavalete de seus ‘colegas’ da ‘Flor de Abacate’, junto com um vidro de verniz por ele preparado, que Guignard se comunicava com as pessoas, com o mundo que o rodeava. (...) Como Manoel da Costa Athayde, nos tempos do ciclo do ouro e do barroco, Guignard era um artista completo. E como ele, era afável, educado, galanteador, maneiroso no trato com as autoridades e os poderosos, insinuante, nunca se esquecendo de beijar as mãos de uma mulher bonita. Guignard não dourou nem prateou altares barrocos, não fez a policromia de imagens nem foi o encarnador magnífico das esculturas do Aleijadinho, mas com muito gosto e sensibilidade soube complementar o desenho elegante de armários, arcas, bancos e tantos outros móveis coloniais com delicados desenhos de flores e corações dando aos ambientes domésticos uma aura de refinamento e arte. Respondia assim, com amor, galanteria e arte, à acolhida que lhe davam. Toque de mestre, toque mágico. (...)”.
Frederico Morais
Trecho extraído do texto publicado no livro “O Humanismo Lírico de Guignard” quando foi realizada a exposição no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, em 2000
Pertence à Família do artista franco-brasileiro modernista Pedro Correia de Araújo
“Críticos, artistas, poetas, diretores de museus, galeristas, colecionadores, leiloeiros, empresários, banqueiros, todo mundo ama Guignard. Eu não tenho dúvida de que, se consultados, os visitantes (especialistas ou leigos), adultos e crianças, brasileiros ou estrangeiros, de uma exposição reunindo nossos mais destacados modernistas, irão apontar Guignard como o mais empático e comunicativo, o que realizou a obra mais envolvente. E comovente. (...) E se hoje, esta unanimidade é tão evidente, Guignard nada fez no sentido de impor sua personalidade e sua obra. (...) Guignard retirou os objetos de sua banalidade, de seu prosaísmo cotidiano. Marcou com extrema sensibilidade e ternura todos os locais onde morou ou trabalhou: pensões, hotéis, mansões, escolas. Era através de um desenho feito no bar, de um retrato, de um cartão de natal, de um arabesco pintado sobre o móvel, de um bilhete convidando suas alunas da escola do parque para um chá, ou para posar; com uma nota de elogio ou crítica do trabalho, que ele deixava sobre o cavalete de seus ‘colegas’ da ‘Flor de Abacate’, junto com um vidro de verniz por ele preparado, que Guignard se comunicava com as pessoas, com o mundo que o rodeava. (...) Como Manoel da Costa Athayde, nos tempos do ciclo do ouro e do barroco, Guignard era um artista completo. E como ele, era afável, educado, galanteador, maneiroso no trato com as autoridades e os poderosos, insinuante, nunca se esquecendo de beijar as mãos de uma mulher bonita. Guignard não dourou nem prateou altares barrocos, não fez a policromia de imagens nem foi o encarnador magnífico das esculturas do Aleijadinho, mas com muito gosto e sensibilidade soube complementar o desenho elegante de armários, arcas, bancos e tantos outros móveis coloniais com delicados desenhos de flores e corações dando aos ambientes domésticos uma aura de refinamento e arte. Respondia assim, com amor, galanteria e arte, à acolhida que lhe davam. Toque de mestre, toque mágico. (...)”.
Frederico Morais
Trecho extraído do texto publicado no livro “O Humanismo Lírico de Guignard” quando foi realizada a exposição no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, em 2000
Lance Mínimo: R$ 8.000,00
Lote 060 - Siron Franco
Estudo para Um Poeta - 60 x 50 cm
Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Direito – Década de 1980
Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Direito – Década de 1980
"...essa arte - nascida, como toda arte verdadeira, da mais funda
necessidade - traz Siron dos abismos em que a vida o mergulhara; é
no começo catarse pessoal, sobrevivência, e já agora instrumento
também de denúncia e purgação da sociedade: aproxima-se da
charge, da caricatura, mas nada perde em magia e transfiguração.
Siron Franco não é apenas um artista de talento. É um
acontecimento na pintura brasileira."
Ferreira Gullar
Ferreira Gullar
Lance Mínimo: R$ 45.000,00
Lote 065 - Inimá de Paula
Vento Norte – 45 x 61 cm
Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Esquerdo e Dat. 1987
Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Esquerdo e Dat. 1987
“Inimá é um paisagista maduro. Sua produção atingiu um alto grau
de elaboração artística e só encontra paralelo em qualidade, no
Brasil, na obra de Bonadei e de pouquíssimos artistas que
consagraram-se à recriação da paisagem brasileira.”
Enock Sacramento
Trechos extraídos do livro “Inimá de Paula, o Fauve Brasileiro”, edição Léo Christiano Editorial, 1987.
Enock Sacramento
Trechos extraídos do livro “Inimá de Paula, o Fauve Brasileiro”, edição Léo Christiano Editorial, 1987.
Lance Mínimo: R$ 15.000,00
Lote 070 - Maria Leontina
Série Os Reinos e as Vestes – 73 x 92 cm
Acrílica Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 1975
Acrílica Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 1975
Apresenta no verso selo de participação em exposição retrospectiva no Museu de Arte Moderna de São Paulo (05/04 a 22/05/1994)
Participou de exposição retrospectiva da artista na Galeria Ipanema (RJ) em setembro/outubro de 2012
Está reproduzida no livro da artista na página 211
Participou de exposição retrospectiva da artista na Galeria Ipanema (RJ) em setembro/outubro de 2012
Está reproduzida no livro da artista na página 211
Lance Mínimo: R$ 92.000,00
Lote 071 - Pedro Correia de Araújo
Dama Sentada – 62 x 47 cm
Técnica Mista Sobre Cartão – Dupla Face
Não assinada
Técnica Mista Sobre Cartão – Dupla Face
Não assinada
Esta obra pertenceu à família do artista
“(...) Em Di Cavalcanti, certo lirismo acessória flerta perigosamente com o posado e o artificial. A sua tão incensada “brasilidade” se apresenta como algo da ordem do cenográgico,com mulheres lânguidas de semblante acolhedor. Em Correia de Araújo, é contida pelo rigor de sua técnica, usada para construir figuras femininas sérias e circunspectas, que devolvem firmemente o olhar do espectador. Apesar de ter pintado muitos nus e prostitutas, o artista nunca foi seduzido pela possibilidade do voyeurismo banal. Suas mulheres são representações de força e segurança, assumindo muitas vezes dimensões monumentais (...).”
Fernando Oliva
Trecho extraído do texto “Pedro Correia de Araújo: erotismo e geometria” publicado no livro da exposição “Pedro Correia de Araújo: erótica” realizada no MASP em 2017 pela Ipsis Editora. Fernando Oliva foi o curador desta exposição.
“(...) Em Di Cavalcanti, certo lirismo acessória flerta perigosamente com o posado e o artificial. A sua tão incensada “brasilidade” se apresenta como algo da ordem do cenográgico,com mulheres lânguidas de semblante acolhedor. Em Correia de Araújo, é contida pelo rigor de sua técnica, usada para construir figuras femininas sérias e circunspectas, que devolvem firmemente o olhar do espectador. Apesar de ter pintado muitos nus e prostitutas, o artista nunca foi seduzido pela possibilidade do voyeurismo banal. Suas mulheres são representações de força e segurança, assumindo muitas vezes dimensões monumentais (...).”
Fernando Oliva
Trecho extraído do texto “Pedro Correia de Araújo: erotismo e geometria” publicado no livro da exposição “Pedro Correia de Araújo: erótica” realizada no MASP em 2017 pela Ipsis Editora. Fernando Oliva foi o curador desta exposição.
Lance Mínimo: R$ 8.000,00
Lote 078 - Antônio Poteiro
Homenagem à Bahia – 100 x 100 cm
Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 2002
Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 2002
Esta obra está reproduzida no livro da exposição
retrospectiva realizada pelo artista em Belo Horizonte em 2017
Acompanha documento de autenticidade emitido pelo Instituto Antônio Poteiro
“Para mim, artistas como Antonio Poteiro, GTO, José Antônio da Silva ou Fernando Diniz são gênios. Nem um pouco menos. (...).
Frederico Morais
Trecho extraído do texto “Repito: Antonio Poteiro é um gênio” do catálogo da exposição individual do artista publicado pela Galeria Bonino (RJ) em 1983
“(...). É fácil perceber que Antonio Poteiro não é nenhum primitivo, tampouco um artista ingênuo. Poteiro sabe das coisas, vê o que está acontecendo, toma partido, não recebe passivamente tudo o que lê, a Bíblia por exemplo, questiona o mito da pureza dos ‘primitivos’, é debochado, sacana, faz blagues, vai em frente, sem qualquer repressão, cada vez mais criativo e ousado. (...).
Frederico Morais
Trecho extraído do texto do catálogo da exposição individual do artista publicado pela Galeria Bonino (RJ) em 1981
Acompanha documento de autenticidade emitido pelo Instituto Antônio Poteiro
“Para mim, artistas como Antonio Poteiro, GTO, José Antônio da Silva ou Fernando Diniz são gênios. Nem um pouco menos. (...).
Frederico Morais
Trecho extraído do texto “Repito: Antonio Poteiro é um gênio” do catálogo da exposição individual do artista publicado pela Galeria Bonino (RJ) em 1983
“(...). É fácil perceber que Antonio Poteiro não é nenhum primitivo, tampouco um artista ingênuo. Poteiro sabe das coisas, vê o que está acontecendo, toma partido, não recebe passivamente tudo o que lê, a Bíblia por exemplo, questiona o mito da pureza dos ‘primitivos’, é debochado, sacana, faz blagues, vai em frente, sem qualquer repressão, cada vez mais criativo e ousado. (...).
Frederico Morais
Trecho extraído do texto do catálogo da exposição individual do artista publicado pela Galeria Bonino (RJ) em 1981
Lance Mínimo: R$ 48.000,00
Lote 080 - Lorenzato
Mulher do Mercado – 78,5 x 52,5 cm
Óleo Sobre Tela Sobre Eucatex
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 1989
Óleo Sobre Tela Sobre Eucatex
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 1989
Esta obra está reproduzida nos livros “Lorenzato”, editora UBU,
escrito por Rodrigo Moura, na página 233 e “Lorenzato”,
editora Com Arte, escrito por Maria Angélica Melendi, na página 166
“Amadeu Luciano Lorenzato Pintor autodidata e Franco atirador
Franco atirador Não tem escola Não segue tendências Não pertence a igrejinhas Pinta conforme lhe dá na telha Amém”
Lorenzato
Texto escrito pelo artista no verso de uma de suas pinturas
“Amadeu Luciano Lorenzato Pintor autodidata e Franco atirador
Franco atirador Não tem escola Não segue tendências Não pertence a igrejinhas Pinta conforme lhe dá na telha Amém”
Lorenzato
Texto escrito pelo artista no verso de uma de suas pinturas
Lance Mínimo: R$ 425.000,00
Lote 082 - Rubem Valentim
Emblema 85 – 50 x 35 cm
Acrílica Sobre Tela
Ass. Verso e Dat. 1985
Acrílica Sobre Tela
Ass. Verso e Dat. 1985
Esta pintura teve sua autenticidade confirmada pelo Projeto Rubem Valentim
“A arte é um produto poético cuja existência desafia o tempo e por isso liberta o homem. Isso me afeta de uma maneira total porque sou um indivíduo tremendamente inquieto e substancialmente emotivo. Talvez, precisamente por isso busco ávido na linguagem plástica visual que uso, uma ordem sensível, contida, estruturada. A geometria é o meio. Procuro a claridade, a luz da luz. A arte, é tanto uma arma poética para lutar contra a violência como um exercício de liberdade contra as forças repressivas: o verdadeiro criador é um ser que vive dialeticamente entre a repressão e a liberdade.” “Não me pertencendo ou me filiando a nenhum dos movimentos ou correntes artísticas das muitas que surgiram e surgem no estrangeiro e aqui chegavam e chegam e são mais ou menos diluídas – tenho a impressão de que criei e construí uma estrutura totêmica, um ritmo, uma simetria, uma emblemática, uma heráldica, um hieratismo, uma semiótica/semiologia não verbal, visível. Isso tudo partindo das formas vivas da ‘fala’ não verbal do nosso povo, de uma poética visual brasileira, da iconologia afro-ameríndianordestina. Enquanto muitos dos nossos artistas criadores se voltavam para os ismos internacionais, cosmopolitas, eu defendia (nem sempre compreendido ou ouvido) uma tomada de consciência cultural da nação brasileira, do povo brasileiro. Eu defendia e falava sobre a cultura do nordeste, sobre cultura do índio, a cultura negra (e mulata, mestiça e cabocla), eu defendia o barroco como um produto da nossa criatividade mulata, eu defendia um sentir brasileiro manifestado nas carrancas do rio São Francisco, nos ex-votos, na cerâmica popular, nos signos litúrgicos dos rituais afro-brasileiros, na xilogravura de cordel, nos humildes e inventivos brinquedos populares. Achava e continuo achando que o Brasil tem de fazer uma arte mestiça como a do Aleijadinho, como a dos santeiros e ferreiros da Bahia. Reconheço que sou um obcecado por uma cultura genuinamente brasileira, apesar da famigerada aldeia global. Eu não nasci na Europa, não tive educação européia. Não sou punhos de renda, não nasci para ser diplomata. Não sou bem nascido, pelo contrário, sou um homem áspero, agressivo, sou um homem desesperado que procura a divindade, o ser dos seres. Assim o que eu tinha para me apegar era o Brasil.
Rubem Valentim
Depoimentos do artista em 1976 publicados no catálogo da exposição “Mito e Magia” realizada pela Fundação Cultural do Distrito Federal em 1978
“(...) Rubem Valentim é um desses artistas que vai fundo na procura interior desses símbolos, para construir uma obra que ainda será internacionalmente reconhecida pelos valores originais intrínsecos de uma nova expressão nascida por contingência desse fluir profundo de um sentido estético consciente. O Valentim baiano, mestiço, esotérico, tem dentro de si a consciência plena da magia secreta das suas construções escultóricas e do largo sentido das suas pinturas. Sua obra exerce esse espírito de volta aos tempos pretéritos dos africanos ou dos afro-baianos, o que vem dar no mesmo, pois é na Bahia que a África se reinventa na luta contra as forças hostis (...).”
Emanoel Araújo
Trecho extraído do texto “A Geometria Sagrada de Rubem Valentim” publicado no catálogo da exposição do artista realizada na Galeria Berenice Arvani, em São Paulo, no ano de 2008
“(...) O caminho do construtivismo brasileiro absolutamente abstrato que Valentim iniciou paralelamente com Arnaldo Ferrari, já traz novos e saborosos frutos inéditos, na criatividade tão rica de um Valdeir Maciel e de uma Jandyra Waters. Rubem Valentim é o precursor de todos eles. Valentim abriu como primeiro este caminho que trará sem dúvida continuadores singulares no futuro. Rubem Valentim, um gênio do construtivismo religioso brasileiro. Que Oxalá, cujo templo ele realizou nessa Bienal, o gerador dos Orixás, o proteja em sua profusa e inesgotável criatividade.”
Theon Spanudis
Trecho extraído do texto publicado no catálogo da exposição “Mito e Magia” realizada pela Fundação Cultural do Distrito Federal em 1978
“A arte é um produto poético cuja existência desafia o tempo e por isso liberta o homem. Isso me afeta de uma maneira total porque sou um indivíduo tremendamente inquieto e substancialmente emotivo. Talvez, precisamente por isso busco ávido na linguagem plástica visual que uso, uma ordem sensível, contida, estruturada. A geometria é o meio. Procuro a claridade, a luz da luz. A arte, é tanto uma arma poética para lutar contra a violência como um exercício de liberdade contra as forças repressivas: o verdadeiro criador é um ser que vive dialeticamente entre a repressão e a liberdade.” “Não me pertencendo ou me filiando a nenhum dos movimentos ou correntes artísticas das muitas que surgiram e surgem no estrangeiro e aqui chegavam e chegam e são mais ou menos diluídas – tenho a impressão de que criei e construí uma estrutura totêmica, um ritmo, uma simetria, uma emblemática, uma heráldica, um hieratismo, uma semiótica/semiologia não verbal, visível. Isso tudo partindo das formas vivas da ‘fala’ não verbal do nosso povo, de uma poética visual brasileira, da iconologia afro-ameríndianordestina. Enquanto muitos dos nossos artistas criadores se voltavam para os ismos internacionais, cosmopolitas, eu defendia (nem sempre compreendido ou ouvido) uma tomada de consciência cultural da nação brasileira, do povo brasileiro. Eu defendia e falava sobre a cultura do nordeste, sobre cultura do índio, a cultura negra (e mulata, mestiça e cabocla), eu defendia o barroco como um produto da nossa criatividade mulata, eu defendia um sentir brasileiro manifestado nas carrancas do rio São Francisco, nos ex-votos, na cerâmica popular, nos signos litúrgicos dos rituais afro-brasileiros, na xilogravura de cordel, nos humildes e inventivos brinquedos populares. Achava e continuo achando que o Brasil tem de fazer uma arte mestiça como a do Aleijadinho, como a dos santeiros e ferreiros da Bahia. Reconheço que sou um obcecado por uma cultura genuinamente brasileira, apesar da famigerada aldeia global. Eu não nasci na Europa, não tive educação européia. Não sou punhos de renda, não nasci para ser diplomata. Não sou bem nascido, pelo contrário, sou um homem áspero, agressivo, sou um homem desesperado que procura a divindade, o ser dos seres. Assim o que eu tinha para me apegar era o Brasil.
Rubem Valentim
Depoimentos do artista em 1976 publicados no catálogo da exposição “Mito e Magia” realizada pela Fundação Cultural do Distrito Federal em 1978
“(...) Rubem Valentim é um desses artistas que vai fundo na procura interior desses símbolos, para construir uma obra que ainda será internacionalmente reconhecida pelos valores originais intrínsecos de uma nova expressão nascida por contingência desse fluir profundo de um sentido estético consciente. O Valentim baiano, mestiço, esotérico, tem dentro de si a consciência plena da magia secreta das suas construções escultóricas e do largo sentido das suas pinturas. Sua obra exerce esse espírito de volta aos tempos pretéritos dos africanos ou dos afro-baianos, o que vem dar no mesmo, pois é na Bahia que a África se reinventa na luta contra as forças hostis (...).”
Emanoel Araújo
Trecho extraído do texto “A Geometria Sagrada de Rubem Valentim” publicado no catálogo da exposição do artista realizada na Galeria Berenice Arvani, em São Paulo, no ano de 2008
“(...) O caminho do construtivismo brasileiro absolutamente abstrato que Valentim iniciou paralelamente com Arnaldo Ferrari, já traz novos e saborosos frutos inéditos, na criatividade tão rica de um Valdeir Maciel e de uma Jandyra Waters. Rubem Valentim é o precursor de todos eles. Valentim abriu como primeiro este caminho que trará sem dúvida continuadores singulares no futuro. Rubem Valentim, um gênio do construtivismo religioso brasileiro. Que Oxalá, cujo templo ele realizou nessa Bienal, o gerador dos Orixás, o proteja em sua profusa e inesgotável criatividade.”
Theon Spanudis
Trecho extraído do texto publicado no catálogo da exposição “Mito e Magia” realizada pela Fundação Cultural do Distrito Federal em 1978
Lance Mínimo: R$ 70.000,00
Lote 083 - Manabu Mabe
Sem Título
Óleo Sobre Tela - 100 x 250 cm
Ass. Canto Inferior Esquerdo e Verso e Dat. 1975
Óleo Sobre Tela - 100 x 250 cm
Ass. Canto Inferior Esquerdo e Verso e Dat. 1975
Registrado no Instituto Manabu Mabe
“O resultado é sempre uma sonoridade cromática: intensa, exaltada, vizinhança de cores em estreita relação de tons atingindo uma espacialidade luminosa. Fugindo do relativo, Mabe aponta um abstracionismo rigorosamente absoluto para confirmar a ausência de recursos que possam lembrar preferências figurativas. Seu movimentar de pincéis é franca inspiração, decidida conduta da composição construtiva própria da técnica dos mestres caligráficos, sem impulsões e arrependimentos, abandono a um ideismo que, todavia, controla a seu bel prazer. Mabe livra-se, no captar motivos, no borboletear das girândolas ou de fogos de artifício ou no pacato correr das nuvens ou no clamor do irromper de uma tempestade, a fixação de instantes plásticos que afloram em sonoridades de cores afins a sons, linguagem da cor parecendo linguagem musical.”
Pietro Maria Bardi
Ex-Diretor do Museu de Arte de São Paulo
“O resultado é sempre uma sonoridade cromática: intensa, exaltada, vizinhança de cores em estreita relação de tons atingindo uma espacialidade luminosa. Fugindo do relativo, Mabe aponta um abstracionismo rigorosamente absoluto para confirmar a ausência de recursos que possam lembrar preferências figurativas. Seu movimentar de pincéis é franca inspiração, decidida conduta da composição construtiva própria da técnica dos mestres caligráficos, sem impulsões e arrependimentos, abandono a um ideismo que, todavia, controla a seu bel prazer. Mabe livra-se, no captar motivos, no borboletear das girândolas ou de fogos de artifício ou no pacato correr das nuvens ou no clamor do irromper de uma tempestade, a fixação de instantes plásticos que afloram em sonoridades de cores afins a sons, linguagem da cor parecendo linguagem musical.”
Pietro Maria Bardi
Ex-Diretor do Museu de Arte de São Paulo
Lance Mínimo: R$ 285.000,00
Lote 090 - Roberto Burle Marx
Composição – 98 x 78,5 cm
Acrílica Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 1991
Acrílica Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 1991
Esta obra fez parte do acervo do espólio do artista
leiloado no Rio de Janeiro pela Soraia Cals em 2003
“(...) A meu ver, Burle Marx, como Gaudi (este de maneira totalmente diversa no tratamento da forma e do espaço) criam não só para a modernidade como para a pós-modernidade obras ímpares, praticamente irrepetíveis, de profunda transfusão com a natureza. Os jardins de Roberto são a obra simultânea de um arquiteto, de um botânico, de um pintor, de um escultor e de um homem que conferiu à sua arte o significado eminentemente social. Roberto foi a um tempo barroco e moderno, absorveu essas tradições e ultrapassa-as com uma proposta terceira e inovadora, lançada como uma seta para a frente do tempo: a da criação humanamente natural do seu jardim para os outros, que vive de dia e de noite, à luz das estrelas, recebe a presença de animais, de gente, do vento, da chuva, e que também sofre com a poluição.” (...).”
Lélia Coelho Frota
Trecho extraído do texto “Roberto Burle Marx: um modernista planetário” publicado no livro “Burle Marx: uma poética da modernidade” com apoio cultural da Itaminas em 1989
“ (...) Roberto Burle Marx empreende a pintura sob a perspectiva de toda aquela pintura moderna que brota de Cézanne, Braque e Matisse. Os seus quadros são jardins onde o espírito constrói o seu passeio, como os seus jardins são os desenhos onde a natureza se organiza – e o segredo desta reside na ideia mesma da arte: de fazer com que a natureza entre na forma. (...).”
Jacques Leenhardt
Trecho extraído do texto “Roberto Burle Marx, Pintor” publicado no livro “Burle Marx: uma poética da modernidade” com apoio cultural da Itaminas em 1989
“(...) A meu ver, Burle Marx, como Gaudi (este de maneira totalmente diversa no tratamento da forma e do espaço) criam não só para a modernidade como para a pós-modernidade obras ímpares, praticamente irrepetíveis, de profunda transfusão com a natureza. Os jardins de Roberto são a obra simultânea de um arquiteto, de um botânico, de um pintor, de um escultor e de um homem que conferiu à sua arte o significado eminentemente social. Roberto foi a um tempo barroco e moderno, absorveu essas tradições e ultrapassa-as com uma proposta terceira e inovadora, lançada como uma seta para a frente do tempo: a da criação humanamente natural do seu jardim para os outros, que vive de dia e de noite, à luz das estrelas, recebe a presença de animais, de gente, do vento, da chuva, e que também sofre com a poluição.” (...).”
Lélia Coelho Frota
Trecho extraído do texto “Roberto Burle Marx: um modernista planetário” publicado no livro “Burle Marx: uma poética da modernidade” com apoio cultural da Itaminas em 1989
“ (...) Roberto Burle Marx empreende a pintura sob a perspectiva de toda aquela pintura moderna que brota de Cézanne, Braque e Matisse. Os seus quadros são jardins onde o espírito constrói o seu passeio, como os seus jardins são os desenhos onde a natureza se organiza – e o segredo desta reside na ideia mesma da arte: de fazer com que a natureza entre na forma. (...).”
Jacques Leenhardt
Trecho extraído do texto “Roberto Burle Marx, Pintor” publicado no livro “Burle Marx: uma poética da modernidade” com apoio cultural da Itaminas em 1989
Lance Mínimo: R$ 310.000,00
Lote 093 - Milton Dacosta
Vênus e Pássaro – 54 x 73 cm
Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 1975
Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 1975
“(...) Dacosta não se detém em demoradas elaborações, é direto;
para isso contribui também sua lírica contida, não-derramada,
antirretórica. Numa terra de eloquência e verbosidades, Dacosta é
daqueles contidos, que falam pouco. Todo esse conjunto de fatos
vai, mais tarde, demonstrar que as premissas modernas ainda não
tinham tão diversamente contribuído, enquanto disciplinas
formativas, num só artista, como em Dacosta. Tudo o que, enfim,
deu à sua pintura um lastro culto único, inigualável entre os artistas
brasileiros. (...)”
Paulo Venâncio Filho
Trecho extraído do livro “Milton Dacosta: Pintor Essencial”, curadoria de Breno Krasilchik, arauco Editora, 2009
Paulo Venâncio Filho
Trecho extraído do livro “Milton Dacosta: Pintor Essencial”, curadoria de Breno Krasilchik, arauco Editora, 2009
Lance Mínimo: R$ 39.000,00
Lote 096 - Orlando Teruz
Brincadeira de Gangorra - 100 x 73 cm
Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 1971
Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 1971
Acompanha certificado de autenticidade emitido pelo Projeto Teruz
“(...) Ele fora pioneiro na temática moderna e social. Anterior até mesmo a Portinari, que confessadamente admitia a influência de Teruz na sua obra inicial (...).”
Carlos Heitor Cony
Trecho de texto extraído do livro do artista publicado pela Galeria de Arte Antonio Bandeira, editora Korum, 19
“(...) Ele fora pioneiro na temática moderna e social. Anterior até mesmo a Portinari, que confessadamente admitia a influência de Teruz na sua obra inicial (...).”
Carlos Heitor Cony
Trecho de texto extraído do livro do artista publicado pela Galeria de Arte Antonio Bandeira, editora Korum, 19
Lance Mínimo: R$ 32.000,00
Lote 104 - Emmanuel Nassar
Engate Amarelo – 90 x 90 cm
Acrílica e Colagem Sobre Tela
Ass. Centro da Obra e Verso
Acrílica e Colagem Sobre Tela
Ass. Centro da Obra e Verso
"Emmanuel Nassar pertence à linhagem dos artistas que se detêm
sobre o mundo e dele recolhem a substância da sua expressão. E o
que mais lhe interessa são as imagens e coisas tidas como demasiado
simples: as pinturas toscas e os artefatos e a arquitetura pertencentes
ao extrato mais pobre de sua Belém natal.
É fato que ainda insistimos em julgar as imagens e objetos existentes
sob a ótica de um olhar culto, como se tudo fosse concebido no
patamar da alta cultura. A questão não se agüenta de tão anacrônica, o
que não impede de continuar vigorando em alguns rincões do nosso
país. Com efeito, mira-se com desdém tudo aquilo que se fabrica fora
do padrão culto, por acreditar-se que a assim chamada expressão
popular nada mais é que um rebaixamento, uma reprodução canhestra
quando não degradada de uma ordem superior. (...)
Nassar sempre chamou atenção pela delicadeza e interesse com que
se volta ao que há de banal e humilde no mundo. Sob seus olhos, a
margem da vida social que no caso de Belém são as margens de cada
um dos filamentos da teia líquida dos rios, é o palco onde são
encenadas lições líricas da engenhosidade humana, da sua inesgotável
capacidade de simbolizar e de improvisar diante da carência de meios.
Nassar é o poeta do precário, do cambaio, da gambiarra, da solução
imaginativa e do desenho esconso, que surpreende pelo vigor com que
aos nossos olhos atualiza nosso desejo atávico de expressão diante da
infinita riqueza do mundo. E ele realiza sua obra sem escamotear sua
origem de classe, sua condição de pessoa edulcorada, com formação
superior. Seu projeto poético vem se afirmando na construção de um
amálgama entre o seu repertório e aquele que a experiência junto à
expressão popular lhe oferece como um sumo vivo".
Agnaldo Farias
FARIAS, Agnaldo. O sonho de Nassar. In: NASSAR, Emmanuel. Bandeiras. Apresentação Paulo Chaves Fernandes; texto Agnaldo Farias, Benedito Nunes. São Paulo: MAM, 1998.
Agnaldo Farias
FARIAS, Agnaldo. O sonho de Nassar. In: NASSAR, Emmanuel. Bandeiras. Apresentação Paulo Chaves Fernandes; texto Agnaldo Farias, Benedito Nunes. São Paulo: MAM, 1998.
Lance Mínimo: R$ 28.000,00
Lote 106 - Fernando Lucchesi
Astrolábio - 41 cm de Altura
Cobre
Assinada e Dat. 1995
Cobre
Assinada e Dat. 1995
“Não hesito em proclamar que Lucchesi constitui um dos mais
verdadeiros e melhores artistas de sua geração em todo o país. Se
em termos de grande público talvez seja nacional e
internacionalmente menos badalado que outros, isso se deve à sua
opção de permanecer em Minas, cuja caixa de ressonância é
menor. Nos círculos especializados, seu prestígio tem-se provado
imbatível.”
Olívio Tavares de Araújo
Extraído do texto de apresentação do catálogo de sua exposição individual em 2015, em BH, na Errol Flynn Galeria de Arte
Olívio Tavares de Araújo
Extraído do texto de apresentação do catálogo de sua exposição individual em 2015, em BH, na Errol Flynn Galeria de Arte
Lance Mínimo: R$ 5.500,00
Lote 107 - Siron Franco
ABC Brasil – 62 x 87 cm
Técnica Mista Sobre Cartão
Ass. Canto Inferior Direito
Técnica Mista Sobre Cartão
Ass. Canto Inferior Direito
Apresenta certificado de autenticidade emitido pelo Artista
“(...) Ora sarcástica, ora poética, ora alegórica. O que a torna peculiar, porém, não é a tematicidade e sim o modo como Siron a opera: a pintura fala do mundo transformando-a em pintura, e o comenta, o satiriza, o alegoriza em termos pictóricos, ou seja, enquanto cores, linhas, planos, figuração. (...) Poucos pintores brasileiros são tão indiscutivelmente pintores quanto Siron Franco. Ele é, sob este aspecto, um fenômeno especial na arte brasileira. Tendo absorvido a experiência da moderna linguagem pictural, e surgindo no momento em que as poéticas abstratas (tanto a construtivista quanto a informal) perdiam impulso, Siron imprimiu à sua pintura um caráter pessoal incontestável que, ao longo dos anos, só fez depurar-se e tornar-se mais e mais original.”
Ferreira Gullar
Extraído do livro “Siron Franco, Figuras e Semelhanças”, de Dawn Ades, editora Index
“(...) Ora sarcástica, ora poética, ora alegórica. O que a torna peculiar, porém, não é a tematicidade e sim o modo como Siron a opera: a pintura fala do mundo transformando-a em pintura, e o comenta, o satiriza, o alegoriza em termos pictóricos, ou seja, enquanto cores, linhas, planos, figuração. (...) Poucos pintores brasileiros são tão indiscutivelmente pintores quanto Siron Franco. Ele é, sob este aspecto, um fenômeno especial na arte brasileira. Tendo absorvido a experiência da moderna linguagem pictural, e surgindo no momento em que as poéticas abstratas (tanto a construtivista quanto a informal) perdiam impulso, Siron imprimiu à sua pintura um caráter pessoal incontestável que, ao longo dos anos, só fez depurar-se e tornar-se mais e mais original.”
Ferreira Gullar
Extraído do livro “Siron Franco, Figuras e Semelhanças”, de Dawn Ades, editora Index
Lance Mínimo: R$ 18.000,00
Lote 115 - Lorenzato
Arbustos – 48 x 41,5 cm
Óleo Sobre Eucatex
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 1974
Óleo Sobre Eucatex
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 1974
“(...) Não há pulsão de mimese nestas pinturas, apenas a longínqua
lembrança de coisas que pensamos ter visto e não sabemos quando
nem onde. Não são pinturas que transladam ou traduzem o real, são
superfícies de iminência, estados de suspensão dos quais pode (ou
não) emergir algum lampejo, algum matiz das possibilidades do
visível. Num processo oposto ao de Guignard, cujas últimas obras
vão se tornando diáfanas, transparentes e leves, os quadros de
Lorenzato são cada vez mais opacos, mais graves e pesados.
Ele pinta sem arroubos, com total distanciamento, não atende às
demandas do mercado ou do sistema. Completamente imerso na
potência real da imagem que constrói, pinta num estado de
contenção vital. Não pinta imagens; pinta pinturas; seu aprumo
técnico tem a mesma fonte que sua fascinação pela superfície
pictóricas, essas superfícies onde diferenças e similitudes
acontecem.
Concretas – não pelo concretismo mas pela concretude – sólidas,
por vezes impenetráveis, as pinturas de Lorenzato não abrem
janelas para o mundo exterior, apenas nos guiam – como os cães
guiam os cegos – pelo mundo obscuro da pura pintura.”
Maria Angélica Melendi
Trecho extraído do texto “A Pura Pintura de Lorenzato” publicado no livro “Lorenzato”, editora C/Arte, 2011
Maria Angélica Melendi
Trecho extraído do texto “A Pura Pintura de Lorenzato” publicado no livro “Lorenzato”, editora C/Arte, 2011
Lance Mínimo: R$ 50.000,00
Lote 130 - Maria Leontina
Série Os Reinos e as Vestes – 73 x 92 cm
Acrílica Sobre Tela
Ass. Verso e Dat. 1975
Acrílica Sobre Tela
Ass. Verso e Dat. 1975
Apresenta no verso selo de participação em exposição retrospectiva no Museu de Arte Moderna de São Paulo (05/04 a 22/05/1994)
Participou de exposição retrospectiva da artista na Galeria Ipanema (RJ) em setembro/outubro de 2012
Está reproduzida no livro da artista na página 211
Participou de exposição retrospectiva da artista na Galeria Ipanema (RJ) em setembro/outubro de 2012
Está reproduzida no livro da artista na página 211
Lance Mínimo: R$ 92.000,00
Relação de Lotes - Noite 2
Lote 205 - Antônio Poteiro
Circo – 45 x 50 cm
Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 2007
Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 2007
Esta obra está reproduzida no livro da exposição retrospectiva realizada pelo artista em Belo Horizonte em 2017
Acompanha documento de autenticidade emitido pelo Instituto Antônio Poteiro
Acompanha documento de autenticidade emitido pelo Instituto Antônio Poteiro
Lance Mínimo: R$ 11.000,00
Lote 209 - Píndaro Castelo Branco
Sem Título - 73 x 116 cm
Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 1976 – Situado Rio de Janeiro
Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 1976 – Situado Rio de Janeiro
Esta obra está reproduzida na capa do catálogo da exposição
individual do artista realizada em Brasília/DF, na
Oscar Seraphico Galeria de Arte,
em 1976, com dedicatória do artista ao proprietário desta obra
Lance Mínimo: R$ 3.500,00
Lote 211 - Jean Gillon
Poltrona Jangada
Dimensões da poltrona: Largura 100 cm | Profundidade 105 cm | Altura do Assento 35 cm | Altura do braço 56cm | Altura total 82 cm
Dimensões da banqueta: Largura 68 cm | Profundidade 44 cm | Altura total 36 cm
Década de 1960
Dimensões da poltrona: Largura 100 cm | Profundidade 105 cm | Altura do Assento 35 cm | Altura do braço 56cm | Altura total 82 cm
Dimensões da banqueta: Largura 68 cm | Profundidade 44 cm | Altura total 36 cm
Década de 1960
Restaurada
Jean Gillon foi um artista múltiplo: caricaturista, cenógrafo, escultor e pintor que se destacou como arquiteto, decorador, designer de móveis modernos e criador de tapeçarias premiadas
Nasceu em 1919, em Iasi, na Romênia onde se formou pela Faculdade de Belas Artes e de Arquitetura
Jean Gillon foi um artista múltiplo: caricaturista, cenógrafo, escultor e pintor que se destacou como arquiteto, decorador, designer de móveis modernos e criador de tapeçarias premiadas
Nasceu em 1919, em Iasi, na Romênia onde se formou pela Faculdade de Belas Artes e de Arquitetura
Lance Mínimo: R$ 19.000,00
Lote 225 - Antônio Poteiro
Festa Junina – 45 x 50 cm
Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 2003
Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 2003
Esta obra está reproduzida no livro da exposição retrospectiva
realizada pelo artista em Belo Horizonte em 2017
Acompanha documento de autenticidade emitido pelo Instituto Antônio Poteiro
Acompanha documento de autenticidade emitido pelo Instituto Antônio Poteiro
Lance Mínimo: R$ 11.000,00
Lote 260 - Inimá de Paula
Paisagem Bananal, Espírito Santo – 45 x 61 cm
Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 1987
Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 1987
“Num desenho vigoroso Inimá esquematiza suas formas, às quais
pespega um colorido violento e expressivo. Figura humana,
natureza morta ou casario, tudo lhe sai com tal truculência, com
tamanho vigor e crueza, que dir-se-ia ter Inimá encontrado de novo
suas qualidades melhores, agora ainda temperadas pelo sentimento
inefável de uma poética que o tempo cristalizou.”
José Roberto Teixeira Leite
José Roberto Teixeira Leite
Lance Mínimo: R$ 17.000,00
Lote 269 - Antônio Poteiro
Nossa Senhora dos Pássaros – 60 x 70 cm
Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 2005
Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 2005
Esta obra está reproduzida no livro da exposição retrospectiva
realizada pelo artista em Belo Horizonte em 2017
Acompanha documento de autenticidade emitido pelo Instituto Antônio Poteiro
Acompanha documento de autenticidade emitido pelo Instituto Antônio Poteiro
Lance Mínimo: R$ 16.000,00
Lote 290 - Inimá de Paula
Ouro Preto – 60 x 100 cm
Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Direito – Dat. 1962 E reassinado em 1998
Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Direito – Dat. 1962 E reassinado em 1998
Reproduzida no livro “Inimá, uma biografia”, do escritor e poeta Renato Sampaio
“Em cada um dos gêneros que trabalha, Inimá segue mais ou menos o mesmo percurso: do colorido sombrio à explosão cromática, da rigidez à desenvoltura, da economia à abundância formal, do cubismo ao fovismo. Muitas vezes busca um equilíbrio tenso entre esses extremos ou entre um momento e outro propõe intervalos expressionistas ou líricos. As suas naturezas-mortas não fogem a esse percurso evolutivo.”
Frederico Morais
Trechos extraídos do livro “Inimá de Paula, o Fauve Brasileiro”, edição Léo Christiano Editorial, 1987.
“Em cada um dos gêneros que trabalha, Inimá segue mais ou menos o mesmo percurso: do colorido sombrio à explosão cromática, da rigidez à desenvoltura, da economia à abundância formal, do cubismo ao fovismo. Muitas vezes busca um equilíbrio tenso entre esses extremos ou entre um momento e outro propõe intervalos expressionistas ou líricos. As suas naturezas-mortas não fogem a esse percurso evolutivo.”
Frederico Morais
Trechos extraídos do livro “Inimá de Paula, o Fauve Brasileiro”, edição Léo Christiano Editorial, 1987.
Lance Mínimo: R$ 24.000,00
Lote 320 - Inimá de Paula
Paisagem Fauve – 54 x 65 cm
Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 1970
Óleo Sobre Tela
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 1970
“Suas paisagens, seus retratos e suas “naturezas em silêncio” estão
realizadas com uma riquíssima gama de tons que emprestam às
cores uma nobreza que a pintura moderna soube destacar...”
Quirino Campofiorito
Quirino Campofiorito
Lance Mínimo: R$ 18.000,00
Lote 336 - Fernando Pacheco
Carro de Brinquedo com Boi e Ovos – 75 x 105 cm
Óleo e Grafite Sobre Cartão Sobre Eucatex
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 1980
Óleo e Grafite Sobre Cartão Sobre Eucatex
Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 1980
Participou: Arte Boi - Salão Nacional de Montes Claros/MG e Museu de Arte da Pampulha
Escrito no verso: “Foi o primeiro quadro meu que a Nina viu”
Escrito no verso: “Foi o primeiro quadro meu que a Nina viu”
Lance Mínimo: R$ 2.500,00